Capacidade de resposta do serviço aumentou mais de 100%, mas os recursos humanos mantêm-se. O esforço é redobrado
O Centro Comunitário Mais Cidadão (CCMC), da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, no Montijo, começou por prestar apoio alimentar, desde o início da pandemia, a 65 beneficiários, no âmbito de um protocolo com a Segurança Social. Hoje, com os mesmos meios ao seu dispor, já abrange 140.
Este é apenas um de vários serviços prestados pelo CCMC às pessoas mais vulneráveis da freguesia do Montijo. Insere-se no Programa Operacional Alimentar Para Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC) que foi abraçado pelo CCMC.
“Este programa consiste na distribuição de géneros alimentares secos e congelados do Banco Alimentar Contra a Fome”, começa por dizer Patrícia Peixinho, responsável por este centro da Mutualista, instalado no Bairro do Esteval. Ao mesmo tempo, lembra que “o aumento de destinatários finais”, face à conjuntura pandémica, levou a Segurança Social a solicitar um aumento da capacidade de resposta.
“No mês de Maio ocorreu um aumento do número de destinatários finais de 15%. Nos meses de Junho e Julho foi de 50%”, revela, antes de se debruçar sobre Agosto. “Houve um novo aumento de 100% do número de destinatários finais, tendo em consideração o número de destinatários finais em candidatura.”
Actualmente, frisa Patrícia Peixinho, o CCMC está a apoiar “um total de 140 destinatários”, o que equivale a dizer que o centro atingiu “100% da capacidade de resposta” no apoio alimentar.
Apesar do CCMC contar com os mesmos recursos humanos desde início e ter agora uma redobrada exigência nesta tarefa, Patrícia Peixinho olha para o lado mais positivo e gratificante: “É compensador saber que hoje em dia não há ninguém que se dirija ao CCMC e que não seja atendido e não receba apoio.”
Até porque, além do apoio assegurado a 140 beneficiários, “sempre que um utente se dirige ao CCMC e manifesta carência alimentar, é encaminhado para outros serviços da comunidade, de forma a ser garantida alimentação imediata, quer através de refeições já confeccionadas quer através de cabazes”.
A finalizar, a responsável lembra aquele que é o objectivo a alcançar e sentido por toda a equipa do CCMC. “Trabalhamos com um propósito único, que acima de tudo tem como missão trabalhar para e com as pessoas, no sentido de as ajudar a ultrapassar as suas dificuldades”, conclui.
Oferta diversa também abrange crianças e jovens
O CCMC engloba vários outros serviços, além do apoio alimentar e no total, em termos de acordos de cooperação, já abrange 240 famílias. Desenvolve “actividades sócio-culturais, de promoção para a Saúde e bem-estar, actividades lúdico-pedagógicas, de desenvolvimento de competências, e todo um trabalho de atendimento e acompanhamento às famílias”, salienta Patrícia Peixinho.
Nas acções lúdicas e pedagógicas, “enquadram-se as actividades desenvolvidas com crianças e jovens dos 6 aos 18 anos, nos períodos das pausas lectivas”. Colónias balneares, actividades desportivas, convívios, passeios diversos, visitas a museus e assistir a cinema são, entre outras, as propostas disponibilizadas aos jovens. E que até têm boa aceitação. “O número máximo de crianças e jovens que conseguimos aceitar por período de pausa lectiva é de 40”, aponta.
A área da promoção da Saúde também merece destaque da responsável. “É uma área que considero inovadora ao nível de centros comunitários. Proporciona o acesso de determinada camada da população a um conjunto de actividades, que de outra forma não o poderiam fazer, como massagem de relaxamento, sessões de electroterapia e sessões individuais de aconselhamento ao utente sobre temáticas específicas”, remata.