29 Março 2024, Sexta-feira
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Politécnico de Setúbal coloca mais de mil novos alunos

IPS colocou 1031 alunos na primeira fase do concurso nacional. Um aumento de 13% que dura há dois anos. 75% dos jovens colocados são do distrito. 18 licenciaturas estão completas

 

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Os alunos colocados pelo Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) nesta primeira, e mais forte, vaga do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior são este ano mais 125 do que no anterior. Pedro Dominguinhos diz que o crescimento é fruto da notoriedade que o IPS tem vindo a alcançar. O presidente do Politécnico destaca que 91% dos estudantes colocados indicaram Setúbal como primeira escolha. Somando os já colocados aos que serão admitidos nos concursos especiais e nos mestrados, o IPS espera ter novos 2700 estudantes este ano.

Considerando o período excecional que vivemos, de grande incerteza, como explica os resultados obtidos pelo IPS?

O crescimento significativo dos colocados no IPS, 13% de crescimento em cada um dos últimos dois anos, mais 431 estudantes, um dos maiores crescimentos a nível nacional nos últimos anos, explica-se por três razões. A primeira radica no reforço da notoriedade que o IPS tem vindo a alcançar, fruto dos projetos de investigação, da prestação de serviços e das metodologias de ensino e aprendizagem desenvolvidos, bem como dos projetos de responsabilidade social em parceria com a comunidade. Três quartos dos estudantes que ingressaram no IPS são oriundos do distrito de Setúbal. A segunda ancora-se na elevada taxa de empregabilidade dos diplomados do IPS, 97,4%, a segunda mais elevada nos politécnicos. Em terceiro lugar, o crescimento do número de candidatos ao ensino superior verificado este ano, que se traduziu em mais 6500 colocados face a 2019.

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Dos candidatos colocados, qual o peso dos que escolheram o IPS como primeira opção e que conclusão é possível retirar desses dados?

A percentagem de candidaturas em primeira opção situou-se este ano em 1162, 91% do total das vagas colocadas a concurso pelo IPS. Este valor cresceu 33% desde 2018, colocando o IPS na quarta posição a nível nacional entre todos os politécnicos. Este é um indicador que revela um elevado grau de procura da instituição, sinónimo da sua notoriedade junto dos estudantes. Está alinhado com os resultados das colocações, traduzido num número crescente de estudantes em todos os ciclos de estudo e que já ultrapassam os 7 mil.

Nesta fase, quantas licenciaturas têm já a totalidade das vagas preenchidas e quais são as áreas que revelaram maior procura?

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São 18 as licenciaturas que preencheram todas as vagas, 60% do total. Destacam-se as áreas das ciências empresariais, da saúde, educação, desporto e comunicação social, bem como a informática, biomédica e biotecnologia.

Presidente do IPS Pedro Dominguinhos

Além dos estudantes colocados no concurso nacional de acesso, o total de novos estudantes incluirá os que venham a ser admitidos através dos concursos locais e formação avançada (mestrados e pós-graduações). Quais são as expectativas para essas outras entradas? 

São muito elevadas. Em mais de 50% dos mestrados as vagas estão totalmente preenchidas, estando a decorrer neste momento as últimas fases de candidatura. As matrículas e colocações efetuadas fazem-nos acreditar que iremos ultrapassar os 500 novos estudantes em mestrado.

Em traços gerais, que IPS vão encontrar estes novos estudantes? O que mudará neste novo ano, em termos de funcionamento das actividades lectivas, considerando o contexto de pandemia?

Em primeiro lugar, vão encontrar uma comunidade académica empenhada, solidária e pronta a construir laços duradouros, de forma a promover a integração de qualidade na transição do ensino secundário para o ensino superior. A pandemia veio impor novas formas de interacção pessoal, a que o ensino superior não é alheio. A Direcção Geral de Saúde criou normas sanitárias que todas as IES devem cumprir. Isso significa menos estudantes, em simultâneo nas salas de aulas, presença alternada nas escolas e em casa, necessidade de utilização de máscara nos campus do IPS, deslocação por circuitos pré-definidos nas instalações e utilização frequente de álcool gel, como forma de prevenir o Sars-Cov-2. Isto significa que a responsabilização de cada um de nós é essencial para reduzir os riscos de contágio e mitigar a propagação do vírus, por isso recomendamos a instalação da app Stayaway  Covid.

A experiência de adaptação em tempo recorde ao ensino à distância, em Março, trouxe ensinamentos para o futuro? Há uma mudança nas metodologias de ensino que foi precipitada?

A resposta que os docentes conseguiram construir durante o semestre passado foi notável. Desenvolveram capacidades relevantes no ensino à distância e também o IPS renovou a sua aposta na formação pedagógica, permitindo o reforço de competências do seu corpo docente. O regresso às aulas presenciais, com estudantes em sala de aula e em casa, em simultâneo, lança novos desafios, quer nas metodologias a utilizar quer no envolvimento e autonomia dos estudantes. É por isso que desde há alguns anos utilizamos cada vez mais metodologias que implicam a interacção dos estudantes com o território, empresas e demais organizações, ajudando-as a encontrar soluções para os seus desafios. A cooperação com a Laser Performance, com a Câmara de Setúbal no projeto Nosso Bairro Nossa Cidade, são apenas dois exemplos. Durante este Verão, no âmbito do programa Verão com Ciência, apoiados pela Faculdade de Ciência e Tecnologia, dezenas de estudantes estão a desenvolver projetos concretos, em parceria com empresas, devidamente coordenados pelos docentes, recorrendo a metodologias activas como problem based learning ou project based research. Esta será uma tendência que se intensificará nos próximos anos.

O IPS está entre as sete instituições de ensino superior nacionais que viram recentemente aprovados projetos para constituição de universidades europeias, alianças transnacionais financiadas pela Comissão Europeia. Em que consiste o projeto em que o IPS está envolvido e o que mudará na instituição com a oferta de um campus europeu?

O projeto E³UDRES², sigla de Engaged European Entrepreneurial University as Driver for European Smart and Sustainable Regions, reúne seis instituições de ensino superior da Áustria, Bélgica, Hungria, Letónia e Roménia, além de Portugal, e baseia a sua proposta na constatação de que a maioria da população europeia se concentra em cidades de pequena e média dimensão e áreas rurais circundantes, cabendo às IES aí instaladas o papel de alavanca dos ecossistemas de inovação. Transformar as regiões em autênticos laboratórios vivos, onde se produzem soluções para problemas concretos e com verdadeiro impacto na sociedade, ao mesmo tempo que se qualificam jovens profissionais preparados para os desafios de um mundo em mudança, é o grande objetivo deste projeto, que se propõe assim imprimir uma nova dinâmica no panorama do ensino superior europeu. O consórcio projecta criar um grande “campus” resultante da partilha de conhecimento, boas práticas, competências e recursos, com o objetivo último de actuar localmente, nas respectivas regiões de influência, mas sem perder de vista uma perspectiva globalmente europeia, como refere o lema adotado: “Da Europa – Para a Europa”.

Mais do que um projeto do IPS, este é um projeto da região, onde as autarquias, empresas, organizações sociais e culturais, instituições de saúde e os cidadãos, desempenham um papel crucial, para transformarmos a região numa região mais coesa e competitiva.

Laboratório para testes à Covid-19 está em fase de certificação

Equipamento do IPS vai servir para testar não só professores e alunos mas também lares da região

Quais os investimentos na preparação deste novo ano letivo, em matéria de tecnologia e outros para garantir o cumprimento das regras sanitárias e de segurança?

Para além dos investimentos necessários para garantir as condições sanitárias e de higiene, como aquisição de equipamentos de protecção individual, para o regular funcionamento das aulas e dos ensinos clínicos, acrílicos de protecção para o atendimento ao público e separação nos laboratórios, existem dois outros que merecem destaque, pela relevância e inovação que demonstram. O primeiro relaciona-se com a criação de um laboratório de testagem à Covid, em fase de certificação neste momento, e que permite a testagem à comunidade académica, bem como aos lares da região, para além de reforçar a capacidade de investigação do IPS. Iremos testar, de forma aleatória e regular a nossa comunidade, reforçando a política de prevenção e mitigação da Covid, para além de possibilitar o desenvolvimento de projetos de investigação. O segundo prende-se com a instalação de sistemas tecnológicos interactivos, em 72 salas de aulas e reuniões, nas várias escolas, com transmissão de som e imagem, permitindo que quem está em casa, ou noutro local, possa assistir, em directo, às aulas, para além das mesmas poderem ser gravadas e constituírem-se como importantes recursos pedagógicos para os estudantes.

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