8 Maio 2024, Quarta-feira

Santiago do Cacém acusa Governo de não garantir funcionamento de escolas rurais

Santiago do Cacém acusa Governo de não garantir funcionamento de escolas rurais

Santiago do Cacém acusa Governo de não garantir funcionamento de escolas rurais

A Câmara de Santiago do Cacém acusou o Governo de não garantir as “condições mínimas de funcionamento” de cinco escolas rurais do 1.º ciclo do concelho, numa carta enviada à tutela a que a Lusa teve hoje acesso.

Na missiva endereçada à secretária de Estado da Educação, Susana Amador, o presidente da autarquia alentejana, Álvaro Beijinha, manifesta indignação por não ter sido assegurada, até ao momento, a colocação dos auxiliares operacionais necessários para garantir as condições mínimas de funcionamento de cinco escolas rurais do 1.º ciclo e lembra que esta é uma “situação que se tem repetido nos últimos anos”.

Em causa está um pedido do Agrupamento de Escolas do 1.º Ciclo de Santiago do Cacém à Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) para a colocação de cinco auxiliares, “o correspondente a 21 horas diárias distribuídas pelas cinco escolas”. A resposta foi parcial, com a aprovação de sete horas diárias referentes a “somente duas auxiliares”.

“A não autorização de 14 horas, ou seja, três auxiliares, põe em causa o funcionamento de três das escolas rurais, não estando reunidas condições para assegurar a limpeza e acompanhamento dos alunos das salas do 1.º ciclo destas escolas”, explica um comunicado da autarquia, que adianta que “estão em causa 66 alunos”.

Na carta enviada ao Governo, o autarca considerou a decisão da DGEstE “totalmente incompreensível” e sublinhou que o Ministério da Educação “sabe muito bem, como todos os anos se veio a comprovar”, que o reforço de auxiliares operacionais neste agrupamento é “imprescindível” para garantir as condições mínimas de funcionamento das escolas rurais.

“O argumento invocado de que o agrupamento cumpre com os rácios legais de auxiliares não tem aplicação prática, pois as aludidas cinco escolas rurais são todas afastadas da sede do agrupamento, o que pressupõe inevitavelmente ter pessoas exclusivamente afectas a essas escolas”, sustentou Álvaro Beijinha.

O autarca sublinhou ainda que da parte do município estão reunidas todas as condições para que o ano lectivo 2020/21 possa ter início “dentro dos parâmetros normais e aceitáveis”, algo que “da parte do Ministério da Educação não está a ser garantido”.

“À semelhança dos anos anteriores, com uma única excepção em sete anos”, lembrou Beijinha, a tutela “não deu provimento ao pedido atempado do Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém”, colocando em risco o arranque do ano lectivo nestes estabelecimentos escolares, “como informou à autarquia o director do agrupamento, Manuel Mourão”.

Por isso, o presidente da Câmara de Santiago do Cacém solicitou à responsável da tutela “a resolução imediata do problema” ou o agendamento de “uma reunião com carácter de urgência”, tendo em vista assegurar “o normal funcionamento das escolas” mencionadas.

Lusa

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