20 Abril 2024, Sábado
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Aumento da procura de transportes entope parques de estacionamento na Amora

Os condutores que vão para o comboio estacionam em qualquer sítio e já há queixas. A solução está à vista

A falta de lugares de estacionamento em certas zonas do concelho do Seixal é sentida desde há tempos. Contudo, o problema agudizou-se com a entrada em vigor dos novos passes e do aumento da procura de transportes públicos, neste caso, do comboio e barcos.

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Quem tem de se deslocar para as estações ferroviárias ou terminal fluvial muitas vezes não têm onde estacionar a viatura. Lugares há, mas em parques pagos sob exploração das próprias transportadoras. E os utentes não aceitam pagar mensalmente por estacionamento tanto, ou mais, do que pagam pela viagem.

Isto nota-se, “em particular, na zona adjacente à estação ferroviária de Foros de Amora”, diz a O SETUBALENSE Manuel Araújo, presidente da Junta de Freguesia de Amora, que recebe a maioria das queixas.

O estacionamento está um caos

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O autarca diz que o estacionamento está um “caos” porque os munícipes vão para a estação de carro por “não haver ligações rodoviárias suficientes e em horários facilitadores”. Há lugares nos parques de estacionamento da Fertagus, mas são caros. Entretanto, “existe um parque ali ao lado, com 850 lugares, que está vazio, nunca abriu ao público”, assevera Manuel Araújo.

O autarca discorda da atitude da Fertagus que “tem três parques, dois a funcionar. Enquanto estes não esgotarem a capacidade a transportadora não abre o terceiro, o tal que está às moscas. E, é claro, não vão encher porque os passageiros não estão para pagar à mesma empresa a viagem e o estacionamento”.

O presidente Manuel Araújo está consciente do grande problema da falta de estacionamento em Amora e quer avançar com soluções.

Portanto, estacionam em tudo que é sítio por ali à volta: nos passeios, nas faixas de rodagem, em locais proibidos ou reservados, “em qualquer sítio onde caiba um carro”. Daí, os conflitos frequentes que se avivam entre os moradores e comerciantes, por um lado, e condutores, por outro.

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Nem para ir a casa almoçar

“Eu vivo na Urbanização de Vale de Gatos e, quando resolvo ir a casa almoçar, não tenho onde estacionar o carro. Por conseguinte, conheço bem o problema com que se defronta a população”, sublinha Manuel Araújo.

A solução até nem parece difícil de encontrar. “Em reuniões com a Fertagus, a Câmara Municipal tem insistido na transferência da gestão dos parques para a autarquia, que os colocaria ao dispor da população, gratuitamente, encarregando-se ela da manutenção dos mesmos”, esclarece o presidente da junta.

Depois, “havia que regulamentar o estacionamento, a exemplo do que foi feito em Corroios. Por exemplo, aos moradores seria entregue um dístico, embora saibamos de antemão a dificuldade da fiscalização posterior desta medida”, acrescenta.

Entretanto, a Junta de Amora “está a preparar um espaço nas traseiras da rua Luz Soriano, para cerca de 40 carros de residentes e comerciantes”, adianta o autarca, para quem a “solução está à vista: os parques da Fertagus, inclusivamente, o que nunca esteve acessível ao público”.

Utentes exigem igualdade na Área Metropolitana de Lisboa

A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos do Seixal pôs a circular um abaixo-assinado, em Novembro de 2019, com o objectivo de levar a questão sobre estacionamento não pago à Assembleia da República.

Para os utentes é evidente a necessidade da “gratuitidade” dos parques de estacionamento das estações da Fertagus assim como do terminal fluvial da Transtejo”. A Comissão de Utentes exige ainda um “tratamento não discriminatório dentro da Área Metropolitana de Lisboa entre munícipes, em que uns têm acesso gratuito a parque de estacionamento e outros não”.

Refere-se aos parques de estacionamento do terminal fluvial do Montijo, com igual tipologia dos parques do Seixal, mas com a diferença de não serem pagos. Perante esta desigualdade, os utentes não entendem o motivo do Governo não ter aplicado a mesma opção aquando da recente renegociação concessionária com a Fertagus.

Por José Augusto

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