UGT denuncia mais de um milhão de utentes sem médico de família em Lisboa e Vale do Tejo

UGT denuncia mais de um milhão de utentes sem médico de família em Lisboa e Vale do Tejo

UGT denuncia mais de um milhão de utentes sem médico de família em Lisboa e Vale do Tejo

União Geral de Trabalhadores querem Hospital do Seixal no Orçamento de Estado de 2025

Em Maio deste ano cerca de 24,6% dos utentes inscritos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) não tinham médico de família atribuído. A conclusão é da União Geral de Trabalhadores (UGT) de Setúbal que alerta para uma “situação muito grave” no estado e acesso à Saúde, especialmente na região de Lisboa e Vale do Tejo.

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Em termos numéricos, significa que 1.565.880 pessoas estavam, naquele momento, sem médico de família. O dado estatístico é ainda acompanhado pela afirmação de que, nesse mesmo mês, mais de 26 mil utentes ficaram sem médico, número que é comparado ao mês anterior.

“A relação é de um utente em cada quatro sem médico de família”, consideram em nota de Imprensa enviada à redacção de O SETUBALENSE.

Pedem directamente ao Governo, e mais especificamente ao Ministério da Saúde, que tome medidas concretas e imediatas com vista a “inverter este caminho com urgência”.

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Denunciam por isso a “degradação do serviço nacional de saúde” também noutras áreas, nomeadamente “nas urgências de pediatria e obstetrícia”. Adjectivam como “inadmissível” a situação dos “encerramentos nas urgências dos serviços de Obstetrícia e Pediatria têm sido quase diários, chegando ao ponto de, durante cinco dias seguidos, as urgências de obstetrícia das três unidades hospitalares a Sul do Tejo se encontrarem encerradas obrigando as grávidas a Sul do Tejo à deslocação a Lisboa”.

Criar condições para a contratação de mais médicos de família na margem sul do Rio Tejo, melhorar as condições nas carreiras de medicina, “perspectivas de futuro e menor carga horária para a conciliação entre a vida profissional e familiar”, são algumas das propostas do secretariado da UGT Setúbal. Afirmam ainda que, se estas condições não forem criadas, não há margem para que os profissionais de saúde possam optar pelo serviço nacional de saúde.

Hospital do Seixal é prioridade para a região

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A construção do Hospital do Seixal é também uma preocupação para a união dos trabalhadores. Para a organização há “necessidade de criar uma estrutura de raiz na resposta à população para cuidados de saúde”, e essa prende-se com a nova unidade de saúde no concelho seixalense.

Referem por isso as dificuldades passadas pelo Hospital Garcia de Orta, no concelho de Almada, e que este está projectado para receber 150 mil pessoas quando, na realidade, atende 450 mil utentes – mais do dobro do que o suposto.

“As consequências são óbvias. Elevados tempos de espera nas urgências, demora nas consultas e nos exames complementares de diagnóstico. Seria por isso incompreensível que a adjudicação do Hospital do Seixal não constasse no Orçamento de Estado para 2025”, explicam ao afirmar que este é um tema que já tinha sido defendido, e classificado como prioridade para a região, no congresso da UGT Setúbal em 2023.

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