Cricova é um dos grandes produtores europeus de vinho através de tradições seculares. Turismo, cultura e desenvolvimento económico na base de nova parceria
A Câmara Municipal de Setúbal aprovou ontem, em reunião pública, a celebração de um acordo de cooperação com o município de Cricova, na República da Moldova, tendo como objectivo o desenvolvimento e valorização do potencial económico, turístico e cultural das duas regiões. Um acordo que resulta de uma visita realizada pela presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, em Novembro passado, àquela cidade.
Através desta parceria o município pretende manter laços permanentes entre as regiões de Setúbal e de Cricova, “com o objetivo de dialogar, trocar experiências, realizar intercâmbios e desenvolver ações de cooperação suscetíveis de enriquecimento mútuo”.
O município de Setúbal procura ainda aproveitar o nível de desenvolvimento daquela região produtora de vinho, uma vez que, “ambas as cidades têm uma longa e importante história vitivinícola, o que representa, desde já, um ponto de partida para o desenvolvimento de estratégias de promoção económica e turística dos dois concelhos”, frisa a deliberação.
No âmbito do protocolo de colaboração, os dois municípios comprometem-se também a promover manifestações de caráter sociocultural, desportivo e turístico, com o envolvimento de associações, instituições e populações das respetivas comunidades.
“A realização de visitas organizadas e o acolhimento mútuo entre Setúbal e Cricova em festivais e exposições” são outras formas de cooperação previstas pelo município.
As catacumbas do vinho
Com apenas 11 mil habitantes, Cricova produz cinco milhões de garrafas de vinho todos os anos, na cidade subterrânea que se desenvolve por baixo, num labirinto de 120 quilómetros, feito de caves, que remontam ao século XV, com condições especiais para o fabrico de brancos, tintos, espumantes e licores.
Seiscentos trabalhadores laboram nestas galerias, as quais chegam a atingir cem metros de profundidade, tem sido inauguradas em 1951 para representarem um espaço único no mundo, dedicado à produção de vinho, reaproveitando as seculares minas de pedra calcária.