Cantora festejou 25 anos de carreira. “Eva”, o seu mais recente disco, com apresentações atribuladas, via pandemia, foi ponto de referência
Cristina Branco esteve ao vivo no sábado, em Almada num concerto no Teatro Joaquim Benite. Foi uma viagem pelo seu riquíssimo universo cultural, a festejar 25 anos de carreira, no início mais próximo do fado, mas hoje e sempre presente, porque, como diz Cristina Branco, “não podemos esquecer as nossas origens”.
“Eva”, o seu mais recente disco, com apresentações atribuladas, via pandemia, foi ponto de referência, inclusive para a estreia da cantora, como autora, com “Contas de Multiplicar”.
Do mesmo disco, a “Delicadeza”, tema de Francisca Cortesão e a ironia e boa disposição do “Inferno do Céu” Depois, como todos sabemos, “Não há só tangos em Paris”, e Cristina Branco canta-o de forma arrebatadora, sempre.
Acompanhada por um trio de luxo, Bernardo Couto (guitarra portuguesa), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Luís Figueiredo (piano), Cristina Branco deixou bem evidente como está uma cantora madura, sensível, de uma delicadeza e uma sensibilidade subtis, mas assertivas e atenta e inquieta perante os momentos complicados que vivemos no mundo.
Conforme tive oportunidade de referir no texto que escrevi nestas páginas, antes deste concerto, nunca vimos demasiados concertos de Cristina Branco, porque as emoções são sempre únicas e de cada momento.
Ela anda sempre pela Europa, mas volta sempre e, felizmente, cada vez para mais concertos em Portugal. No sábado, Almada teve seguramente um dos seus momentos altos e de rara beleza, em termos musicais, neste ano de 2022. Até ao próximo encontro Cristina.
*Opinião Musical