Múltiplas parcerias no universo do fado constam no percurso do premiado cantor
O Auditório Municipal Augusto Cabrita (AMAC) recebe no próximo dia 13, pelas 21h30, um concerto de Ricardo Ribeiro. Ainda que o primeiro impulso para o rotular, nos empurre para fadista, o cantor é muito mais do que isso e, provavelmente, será o artista a quem melhor se aplica o termo “world music” do mundo.
Tendo como referência maior o fadista Fernando Maurício (1933 – 2003), Ricardo Ribeiro conquistou – com apenas 15 anos –, o 2.º lugar na Grande Noite do Fado, vencendo o mesmo evento nos dois anos seguintes.
Passa pelas principais casas de fado de Lisboa e, em 2001, teve a sua primeira participação num evento de culturas em Alloue, a convite do Governo francês.
Múltiplas parcerias no universo do fado que começa a mexer “fora de portas”, com ligações ainda ao teatro e ao cinema, antecedem o prémio Revelação atribuído pela Fundação Amália Rodrigues, no ano de 2005.
Participa no documentário “Fados” – do espanhol Carlos Saura –, que se viria a afirmar como um dos mais importantes documentários realizados sobre este género musical.
As grandes salas de concertos de Paris, Madrid, Nápoles e Frankfurt, abrem-lhe as portas para concertos memoráveis e em Lisboa, no Teatro de São Luiz, apresenta-se ao vivo com o compositor libanês Rabith Aboukhalli, num encontro de culturas.
Rabith viria a colaborar, anos mais tarde, no seu álbum “Largo da Memória”. Participa ainda em discos de Rui Veloso, Carlos do Carmo e Rão Kyao, canta os grandes poetas portugueses e, em 2016, apresenta em Lisboa a “Toada de Portalegre” de José Régio.
É referido na imprensa internacional e é premiado pela prestigiada revista britânica Songlines. No mesmo ano, participa ainda na colectânea “Amália – As vozes do fado”, um projeto do realizador Ruben Alves, em homenagem a Amália Rodrigues.
Fado, Jazz, música árabe, flamenco, um misto de culturas e artes, cada vez mais presentes no universo musical de Ricardo Ribeiro, que em 2019, editou o álbum “Respeitosa Mente”, com João Paulo Esteves da Silva e o americano Jarrod Cagwin a construir um suporte musical e poético ao nível dos dotes vocais e interpretativos únicos do cantor.
É este Ricardo Ribeiro, nome cada vez mais consistente e incontornável, que estará ao vivo no Barreiro, no Auditório Municipal Augusto Cabrita.
*Opinião Musical