Produção com assinaturas da região foi vencedora no International Vegan Film Festival

Produção com assinaturas da região foi vencedora no International Vegan Film Festival

Produção com assinaturas da região foi vencedora no International Vegan Film Festival

Helena de Sousa Freitas redigiu e Luís Humberto Teixeira (Setúbal) traduziu textos produzidos por Francisco Guerreiro (Santiago do Cacém)

A produção portuguesa “Carne – A Pegada Insustentável” conquistou o prémio de Melhor Longa-Metragem no International Vegan Film Festival, que distingue filmes cujo pensamento esteja assente no estilo de vida sem consumo de produtos de origem animal.

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O documentário tem marca da região porque, além de ser produzido pelo antigo eurodeputado Francisco Guerreiro, de Santiago do Cacém, conta com textos escritos por Helena de Sousa Freitas e traduzidos por Luís Humberto Teixeira, ambos de Setúbal. Além disso, a produção assinada por Hugo Almeida conta com cenas filmadas no distrito, nomeadamente em Setúbal, Palmela e Tróia, em Grândola.

A distinção não confere apenas a estatueta que a considera a melhor longa-metragem, o documentário vai, a partir de agora, fazer uma “digressão” pelo Mundo para dar a conhecer o trabalho que tem assinatura portuguesa.

Este teve ante-estreia no Cinema Fernando Lopes, em Lisboa, em Novembro de 2023 mas passou também pela cidade banhada pelo rio Sado, nomeadamente no Cinema Charlot – Auditório Municipal a 17 de Março deste ano, e no dia 22 desse mesmo mês no Instituto Politécnico de Setúbal, em todos os casos com a presença do realizador e produtor.

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A construção da cinematografia levou mais de um ano a ser feita, desde meados de Setembro de 2022, e foi por esta altura que o casal setubalense foi convidado a participar num projecto que tem como produtora-executiva Sandra Marques.

Das filmagens na região passou-se para o resto do País e até para a Europa nomeadamente à Bélgica, a França e ao Reino Unido “para entrevistar o ambientalista George Monbiot” e até para a Ásia, em que foram ao Líbano “para conhecer e divulgar o trabalho levado a cabo pelo Hayek Hospital, onde comida vegan é servida a todos os pacientes como parte do esforço para que recuperem a saúde”, como explicam em informação enviada à redacção de O SETUBALENSE.

É o actor Heitor Lourenço quem dá voz aos escritos de Helena de Sousa Freitas que considera “uma honra” ter feito parte do grupo que trabalhou “de forma tão convicta e empenhada, num clima de permanente entreajuda, sem egos salientes ou regras a surgirem sem diálogo prévio”, salienta. Deixa também uma palavra ao realizador que “desde o primeiro minuto, se dedicou de alma e coração ao projecto idealizado pelo Francisco Guerreiro, tornando- -o também profundamente seu”.

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Foi o realizador Hugo de Almeida quem recebeu o prémio, em cerimónia que decorreu no Canadá, e durante o seu discurso dedicou o galardão “a todos os seres vivos cuja presença e energia tornam este mundo um lugar melhor” e, além de deixar uma palavra de agradecimento à equipa e a todos que “apoiaram e inspiraram” a criação, o foco foi, à semelhança do documentário, à vida animal.

“A forma como tratamos os animais define quem somos – a nossa humanidade, a nossa empatia e as nossas responsabilidades. Eles confiam em nós, não porque sejam fracos, mas porque possuímos um poder que deve ser usado com sabedoria e compaixão. Estamos unidos neste frágil mundo”.

Para o produtor, Francisco Guerreiro, a distinção “representa mais um reconhecimento internacional do trabalho documental português” a um filme que também já foi reconhecido no Canadá, Alemanha, Brasil e Finlândia. Deixa também uma crítica por este não ter sido aceite no circuito de festivais ambientais nacionais e que isto “diz muito do trabalho que ainda tem de ser feito no nosso país para se educar para os reais impactos do consumo de animais na saúde e no ambiente”.

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