28 Agosto 2024, Quarta-feira

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Portugal propõe Maria Luís Albuquerque como candidata a comissária europeia

Portugal propõe Maria Luís Albuquerque como candidata a comissária europeia

Portugal propõe Maria Luís Albuquerque como candidata a comissária europeia

Nome da ex-deputada e cabeça de lista de deputados do PSD pelo círculo eleitoral de Setúbal foi anunciado pelo primeiro-ministro

O Governo português propôs como candidata a comissária europeia a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, anunciou o primeiro-ministro.

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O nome da ex-governante, que encabeçou por duas vezes a lista de deputados do PSD pelo círculo eleitoral de Setúbal, foi anunciado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa declaração na residência oficial em São Bento, sem direito a perguntas.

“Queria transmitir às portuguesas e aos portugueses que tomei a decisão, em nome e com o apoio de todo o Governo, de propor à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a dra. Maria Luís Albuquerque, para integrar o novo colégio de comissários Europeus em representação de Portugal”, anunciou.

Na curta declaração, o primeiro-ministro disse que escolheu Maria Luís Albuquerque com o apoio de todo o Governo, num processo que decorreu com “recato”, e destacou o perfil da antiga ministra de Estado e das Finanças de Pedro Passos Coelho.

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“Pelo seu perfil e pelo conhecimento directo e pessoal que tenho das suas capacidades sei que vai honrar Portugal”, afirmou.

Montenegro disse que este processo está a ser tratado pelo executivo “com descrição e recato desde antes das eleições europeias de Junho”.

“A dra. Maria Luís Albuquerque é uma personalidade de reconhecido mérito académico, profissional, político e cívico”, considerou, recordando que desempenhou, entre outras, actividades como docente universitária, secretária de Estado do Tesouro, ministra de Estado e das Finanças, deputada na Assembleia da República, para além de “várias funções no sector público, privado e social”.

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O primeiro-ministro realçou ainda que a ex-governante acumulou “uma vasta e interessante experiência junto das instituições europeias” e dos seus protagonistas.

“É, portanto, detentora de qualidades e competências extraordinárias que vão seguramente enriquecer a Comissão Europeia e prestigiar Portugal. Mas vão, sobretudo, estar ao serviço dos europeus”, disse.

Montenegro, que não falou na pasta que caberá a Portugal, destacou que a União Europeia está a entrar num novo ciclo “vocacionado para o estímulo do mercado interno, a competitividade da economia europeia, a definição de um novo quadro plurianual financeiro, a que se juntam desafios enormes nas áreas da segurança e defesa, bem como novos horizontes no alargamento da União Europeia”.

“É importante que cada Estado-membro disponibilize alguns dos seus melhores para trabalhar a bem de todos os europeus. Como primeiro-ministro, considero que a doutora Maria Luís Albuquerque honra esse perfil”, disse, manifestando “toda a confiança e toda a esperança” na antiga governante.

Maria Luís Albuquerque, 56 anos, foi ministra de Estado e das Finanças durante o período em que Portugal estava sob assistência financeira da ‘troika’, sucedendo a Vítor Gaspar em julho de 2013 e mantendo-se até final do executivo liderado por Pedro Passos Coelho.

No PSD, foi vice-presidente durante a liderança de Passos Coelho e cabeça de lista dos candidatos a deputados pelo PSD em Setúbal em 2011 e 2015.

Actualmente é membro do Conselho Nacional do PSD – segundo nome da lista da direcção de Luís Montenegro, logo a seguir a Carlos Moedas -, e membro do Conselho de Supervisão da subsidiária europeia da empresa norte-americana Morgan Stanley.

Portugal e os outros 26 Estados-membros da União Europeia (UE) têm até sexta-feira para propor os seus candidatos para o posto de comissário europeu no próximo mandato.

Elisa Ferreira é a actual comissária portuguesa, indicada pelo Governo do PS em 2019 para a pasta da Coesão e Reformas.

Entre Setembro e Outubro, vão realizar-se audições públicas no Parlamento Europeu aos nomes propostos para novos comissários europeus, cabendo à assembleia europeia dar o aval final em plenário para, mais tarde, a nova Comissão Europeia tomar posse.

Se todos os nomes propostos tiverem ‘luz verde’ imediata do Parlamento Europeu, o novo colégio de comissários poderia tomar posse já a 1 de Novembro, mas com uma rejeição esse prazo já passaria para 1 de Dezembro, dado o tempo necessário para o país em causa propor um novo nome e esse candidato ser entrevistado por Ursula von der Leyen e ouvido em audição na assembleia europeia.

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