26 Junho 2024, Quarta-feira

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Pintor Miranda Brito apresenta arte cristã na Bienal de Lisboa

Pintor Miranda Brito apresenta arte cristã na Bienal de Lisboa

Pintor Miranda Brito apresenta arte cristã na Bienal de Lisboa

Artista, que cresceu à beira Sado, é um dos 77 escolhidos entre 17 países para expor nesta mostra

 

Nascido fora de Portugal, mas com Setúbal no sangue, Miranda Brito foi um dos artistas escolhidos para participar na 1ª edição da Bienal de Lisboa. O pintor, que reside na cidade do Sado desde criança, está entre os eleitos que têm a oportunidade de expor a sua criatividade nesta mostra, que pretende mostrar as cores de artistas do século XXI, através da diversidade de estilos e técnicas na abordagem pictórica, de temas cristãos. Miranda Brito tem o seu trabalho exposto Convento da Graça.

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Miranda Brito, em declarações a O SETUBALENSE, confessa sentir algo “único” por ter a oportunidade de mostrar a sua “mensagem” aos visitantes desta exposição. “É algo único em que nos sentimos especiais por participar e em representar, com o nosso trabalho e com a nossa mensagem através da imagem, que é uma linguagem que não necessita de grande conhecimento a nível académico, mas sim o decifrar a imagem e conseguir chegar ao maior número de pessoas, conhecendo elas a língua ou não”, considera.

Quanto à ligação da sua arte com a religião, o jovem pintor garante que a mesma depende sempre de quem a observa e da interpretação que faz das imagens. “Neste caso específico está ligado à obra exposta, mas geralmente ela pode estar ou não. Depende do estado de espírito da pessoa que observa a obra e que vai consumir a imagem, sendo que para essa pessoa pode dar uma conotação mais religiosa ou menos religiosa”, refere o artista, acrescentando que o seu ponto de vista “pode ser totalmente diferente” daquilo que está a “tentar transmitir”.

Para Miranda Brito trata-se de uma grande oportunidade e sente-se “especial”, uma vez que “nem todos tiveram essa oportunidade”, e a mesma “abre portas” para o artista poder “divulgar o trabalho a outras pessoas”. O pintor releva que teve o “privilégio e a honra” de participar nesta 1.ª Bienal de Lisboa de Arte Cristã através do convite formulado pela Câmara Municipal da Praia, Cabo Verde, em representação de Cabo Verde, e que a Bienal de Arte Cristã tem a curadoria Santiago Belacqua.

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Para quem não conhece o trabalho do artista, Miranda Brito explica que o mesmo pode ser conhecido na internet, através da sua página de artista plástico, onde tem todo o seu trabalho. O pintor confessou ainda estar a ‘fermentar’ novos trabalhos para expor. “Estou a preparar uns trabalhos para montar uma exposição, mas ainda estamos a trabalhar nela e a estabelecer contactos para tornar possível esta exposição”, conclui.

A 1ª edição da Bienal de Lisboa pretende “mostrar a criatividade e as cores de artistas do século XXI”, através da “diversidade de estilos e técnicas na abordagem pictórica, de temas cristãos”.

Esta edição integra 77 artistas de 17 países, entre os quais Portugal, Alemanha, Angola, Argentina, Austrália, Bielorrússia, Brasil, Colômbia, Cabo Verde, França, Guiné-Bissau, Itália, Perú, Polónia, Ucrânia, Estados Unidos da América e Vaticano.

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A história de um artista

José Carlos Miranda Brito, nasceu em Cabo Verde onde viveu até aos 7 anos, mudando-se depois para Portugal, fixando-se em Setúbal.

Começou por frequentar um curso de fotografia promovido pelo Centro de Juventude de Setúbal, onde vive e trabalha. Assim, a fotografia passou a ser uma marca no seu trabalho. Ao expor um conjunto de pintura e fotografia, reconhece que a fotografia está ligada à pintura, pois tem a força de representação da arte sendo mais uma das ricas formas de transmitir mensagens com sentimento.

Miranda Brito, assume-se como autodidacta e aceita que a sua obra tem influência de artistas africanos como Malangatana e Dília Fraguito.

A paixão pela pintura evidenciou-se, segundo o autor, desde criança e recorda o dia em que o seu pai lhe mandou pintar umas cabaças como o início da sua carreira.

A sua primeira participação como artista foi numa mostra colectiva, que se realizou sob organização da Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Anunciada, no Museu de Setúbal. Em Setúbal, costuma expor as suas obras no Círculo Cultural, no Centro de Juventude e na Biblioteca Municipal.

O pintor participou em várias exposições colectivas, mas são as mostras individuais as que considera mais marcantes no seu percurso. Setúbal, Almada, Lisboa, Sesimbra e Faro, são cidades que já conhecem a sua obra.

“Pinto o que sinto e como sinto”, disse o pintor, explicando que o que gosta mais de pintar é o quotidiano, algo que “transmita mensagens às pessoas e os sentimentos por Cabo Verde”.

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