Pátio do Tejo dinamiza turismo equestre para todos os cidadãos

Pátio do Tejo dinamiza turismo equestre para todos os cidadãos

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Quinta Ponte Caia tem 22 cavalos e organiza experiências equestres tirando partido da bonita paisagem de Gaio-Rosário

 

“Pelo Tejo vai-se para o Mundo”, escreveu o poeta Fernando Pessoa através de Alberto Caeiro, o mais bucólico dos seus heterónimos. E é à beira-rio que decorrem os passeios a cavalo do Pátio do Tejo, com partida na Quinta Ponte Caia e passagem pela língua de areia da praia fluvial do Rosário, no concelho da Moita.

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É assim há três anos, desde que Pedro Sanches e Margarida Proença abriram ao público o Pátio do Tejo, depois de irem viver para a muito próxima Quinta do Rosário, em busca de maior qualidade de vida.

Formado em Engenharia Agro-pecuária, Pedro Sanches começou a montar a cavalo aos dez anos, conta a O SETUBALENSE. “Com 12 anos já vinha com os meus amigos, a cavalo, da Moita até ao Rosário”.

Cresceu rodeado deles e hoje é uma das pessoas que assegura o processo de aparelhagem dos animais, com celas à portuguesa, que diz serem “as mais seguras do mundo”. Tão seguras que “são usadas por duplos de cinema de Hollywood”, revela.

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Os cavalos garantem segurança, pois estão altamente treinados para os passeios. Qualquer pessoa, mesmo sem experiência prévia a andar a cavalo, pode reservar on-line um passeio ou baptismo equestre (neste caso, para crianças a partir dos três anos).

Tudo começa no picadeiro do Pátio do Tejo, equipado com uma estrutura que facilita a subida dos participantes para o dorso dos animais. Todos os participantes são instruídos sobre como virar para a esquerda, direita e parar o cavalo e só depois tem início o passeio, saindo da quinta em direcção à praia fluvial do Rosário, entre a lezíria e o sobreiral.

Cada passeio tem a duração aproximada de uma hora e meia, convidando os clientes a usufruir do ambiente que os rodeia. Já na praia fluvial, os cavalos passeiam junto ao rio, ao som da rebentação das suas pequenas ondas, enquanto a maresia perfuma o ambiente tranquilo que ali se vive.

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O regresso à quinta é feito pelo mesmo caminho, sempre com o Tejo como plano de fundo. Quem optar pelos baptismos equestres (dirigidos sobretudo para crianças e com meia hora de duração), tem a experiência no recinto do picadeiro.

Conjugar um passeio a cavalo com um piquenique com produtos regionais e vinho, na praia, ou fazer um passeio de charrete ultraleve são outros das propostas do Pátio do Tejo, que procura democratizar o acesso do público ao turismo equestre.

Em paralelo, o espaço organiza outras actividades, como a prova de tábuas de queijos e enchidos e até mesmo workshops e sessões de cozinha ao vivo na cozinha do espaço interior. É ali que se encontra, também, a Mercearia da Aldeia, marca que deu origem a todo o projecto.

Produtos regionais

Pedro Sanches e Margarida Proença, formada em Turismo, fundaram a marca de produtos nacionais em 2013, começando por apresentá-la em feiras, supermercados, mercearias gourmet, mercados biológicos e hotéis.

Quatro ano depois, expandiram-na para uma loja on-line, de forma a estarem mais próximos do público, e em 2020 ela ganhou o espaço físico que se vê hoje, com um manancial de produtos locais e regionais: doces artesanais, tostas de pão alentejano, sal e flor de sal, mel, enchidos e vinhos, entre muitos outros.

A vantagem da loja é poder comprar os produtos que ali se comem ou provar antes de os comprar, conforme a vontade de cada cliente, antes ou depois da experiência equestre.

No local existe ainda uma loja de roupa e acessórios de moda, como bijuterias e chapéus de cavaleiro, encaixada dentro do antigo tanque de rega da quinta, com a data 1985 inscrita na pedra. Pósteres fotográficos com a temática dos cavalos também fazem parte da oferta de artigos, que inclui ainda uma série própria de t-shirts e camisolas estampadas.

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