Novos radares no distrito apertam cerco à sinistralidade rodoviária

Novos radares no distrito apertam cerco à sinistralidade rodoviária

Novos radares no distrito apertam cerco à sinistralidade rodoviária

Em Setúbal conta-se um controlador de velocidade a juntar aos 10 no distrito

 

Entre radares de controlo de velocidade instantânea e controlo de velocidade média a segurança rodoviária começou a apertar na passada sexta-feira com a entrada em funcionamento de 10 novos radares no distrito de Setúbal, que compõem a lista dos 37 em todo o País.

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Desta vez serão 62 os novos controladores de velocidade – 25 dos quais vão ser montados noutra fase – que perfazem um investimento global de 6,2 milhões de euros, dos quais 5,8 milhões de euros por parte da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que coordena a campanha “Os radares salvam vidas”.

A estes somam-se outros 61 radares, que estão já em funcionamento, no total de 123 novos Locais de Controlo de Velocidade (LCV). Em Setúbal, para já, existe um novo radar que controla a velocidade instantânea ao quilómetro 49,9 da Estrada Nacional 10 (EN10) no sentido oeste-este, na freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra.

No concelho de Almada são três – também de velocidade instantânea. Um ao quilómetro 1,9 do Itinerário Complementar (IC20) sentido este-oeste, outro na mesma estrada ao quilómetro 2,2 no sentido oeste-este, e um último, também no IC20 ao quilómetro 6,6 sentido este-oeste.

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Já em Palmela os novos controladores de velocidade estão instalados na Estrada Nacional 252 (EN252), um ao quilómetro 5,2 e ainda outro ao quilómetro 9,0. No Montijo serão
também dois, um de velocidade instantânea na Estrada Nacional 5 (EN5) ao quilómetro 6,0, e um de velocidade média na Estrada Nacional 10 (EN10) com início ao quilómetro 75,7 e final ao quilómetro 79,2.

No Seixal estão também montados na Autoestrada 2 (A2) ao quilómetro 8,8 no sentido sul-norte, e no sentido norte-sul ao quilómetro 14,0.

Para Rui Ribeiro, presidente da ANSR, a existência de novos radares contribui para a diminuição da velocidade e consequente decréscimo do número de acidentes.

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“Os radares contribuem, de facto, para diminuir a velocidade. Nesses locais reduziu-se o número de acidentes com vítimas em 36% e as vítimas mortais diminuíram 74%. Há uma clara correlação entre a existência de radares, a diminuição da velocidade e a sinistralidade. O que esperamos é que estes radares contribuam também para salvar as
vidas das pessoas que circulam nas nossas estradas”, refere, em declarações à agência Lusa.

Comparativamente à segurança rodoviária praticada em outros países europeus o presidente do organismo diz que, em Portugal, o número de controladores de velocidade
é “diminuto” e em “número insuficiente”.

“O número de radares em Portugal ainda é diminuto face ao normal na Europa e sobretudo nos países onde a sinistralidade é, para nós, uma referência, como é o caso da Suécia. Temos muito poucos radares por milhão de habitantes, é um número insuficiente face ao que é normal nos países da Europa. Não sei quando, mas, provavelmente, num futuro próximo teremos uma nova ‘leva’ de radares”.

O assunto dos novos radares parece ser harmonioso ao nível das autoridades rodoviárias. Caso disso é a posição de José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, que concorda que a montagem destes novos mecanismo pode ser uma forma de reduzir a sinistralidade.

“Este método é claramente benéfico relativamente ao outro que só media a velocidade instantânea naquele ponto e depois seguia-se a uma velocidade completamente diferente. Aqui, pelo menos durante determinada extensão de via – que tem acumulação de acidentes devido à velocidade – esse controlo é efectuado e garante um prolongamento de uma velocidade mais adequada por parte dos condutores”.

Já Manuel João Ramos, da Associação dos Cidadãos Automobilizados (ACA-M), diz que esta é uma medida que tardou em chegar. “Vai, finalmente, ser posto em prática. Nós não podemos senão congratular-nos com o facto, porque o controlo da velocidade média é um complemento importante ao controlo da velocidade máxima na fi scalização das estradas”.

“Os radares não podem ser o principal instrumento de controlo do risco rodoviário nas estradas. É isso que nos preocupa: falta pessoal, faltam meios e falta um funcionamento equilibrado do sistema de controlo rodoviário e para isso é, de facto, necessário aumentar a capacidade das patrulhas da GNR e da PSP para a fiscalização nas estradas”, complementa ainda. Com Lusa

País | Saiba onde vão estar os radares a nível nacional

Os 12 radares de velocidade média vão fiscalizar as autoestradas A1 (Santarém e Mealhada), A3 (Braga e Trofa), A25 (Águeda) e A42 (Paços de Ferreira), nos itinerários complementares IC2 (Loures e Rio Maior) e IC19 (Sintra) e nas estradas nacionais EN10 (Montijo e Vila Franca de Xira), EN109 (Figueira da Foz) e EN211 (Marco de Canaveses).

Os restantes 25 radares destinam-se a medir a velocidade instantânea e a sua
actividade vai centrar-se em estradas nacionais. Entre os locais controlados estão: A1 (dois em Vila Nova de Gaia), A2 (Albufeira), A44 (Vila Nova de Gaia), A7 (dois em Guimarães), EN101 (Guimarães), EN103 (Barcelos), EN105 (Santo Tirso), EN109 (Figueira da Foz), EN119 (Benavente), EN125 (Faro), EN14 (Maia), EN18 (Belmonte), EN206 (Fafe), EN234 (Nelas), EN251 (Coruche).

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