Nove concertos do ‘Grândola, Vila Jazz’ oferecem “variedade musical”

Nove concertos do ‘Grândola, Vila Jazz’ oferecem “variedade musical”

Nove concertos do ‘Grândola, Vila Jazz’ oferecem “variedade musical”

Programa pensado para aproximar o público ao estilo musical. Salvador Sobral entre o leque de artistas convidados

 

Entre clássicos, adaptações e originais, a segunda edição do ‘Grândola, Vila Jazz’ aposta numa variedade artística, que, ao longo do presente ano, pretende encantar a população com concertos de jazz.

- PUB -

A apresentação do evento foi realizada no Cineteatro Grandolense na tarde de sábado. A Câmara Municipal de Grândola, que financia a iniciativa num investimento superior a 20 mil euros, e a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense (SMFOG) são as entidades organizadoras.

Já Bruno Santos, artista de renome no mundo da música jazz que realizou o primeiro concerto do projecto, em 2015, desempenha o papel de curador do evento. A vereadora e vice-presidente da autarquia de Grândola, Carina Batista, revelou que o desafio foi lançado há oito anos, com a atribuição de uma “pequena verba”, à SMFOG, que o aceitou.

“Foram sendo organizados três a quatro concertos por ano. Em 2022, com a inclusão do Cine Granadeiro na Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP), a Câmara submeteu uma candidatura à Direcção-Geral das Artes, apresentando um programa cultural bastante ambicioso que integrava um ciclo de concertos de jazz, mas a candidatura não foi aprovada”, contou.

- PUB -

Apesar de a candidatura ter sido reprovada, a edilidade manteve a convicção. Apesar de em 2022 o evento já ter acontecido, este ano é oficial: vão realiza-se nove concertos, distribuídos entre Janeiro e Novembro, dedicados inteiramente ao jazz, mas com a preocupação patente de existir uma programação diversificada.

“Este programa, inserido na estratégia municipal, tem também tentado envolver as colectividades, num espírito de colaboração e de parceria, esperando que Grândola se torne, no futuro, um dos locais de referência do jazz em Portugal”, revelou a vereadora.

Enquanto isso, Luís Vital Alexandre, presidente da SMFOG, assumiu que, desde o primeiro concerto, em 2015, o percurso foi “custoso” até se “criar uma habituação”. Actualmente, as pessoas que assistem aos concertos são não só da vila, mas também de outros locais da região. “É com todo o prazer que assumimos esta parceria.

- PUB -

O investimento municipal tem crescido, mas também existe um grande salto qualitativo”, assume. “É um acto de coragem fazer um ciclo de jazz”, ressalvou Bruno Santos, curador do ‘Grândola, Vila Jazz’.

“A preocupação na programação foi a de pensar em algo que resgatasse o público, porque há sempre uma primeira impressão em que, de certo modo, se estranha”, esclareceu. Em seguida, revelou que “quis que as pessoas se sentissem próximas desta música, que tem, de facto, muitas variantes, mas que, há cem anos, era o que se dançava nas discotecas”.

O músico de jazz revelou ainda que os concertos escolhidos são “mainstream”, com destaque para “Cantigas de Maio”, em Junho, dedicado a “Zeca Afonso e aos co-autores da geração”. Salvador Sobral, com o quarteto “Alma Nuestra”, encerra esta segunda edição do evento, em Novembro.

“Há formações mais pequenas e intimistas, mas também grupos maiores e variedade instrumentista. Estão reunidas as condições para nove belíssimos espectáculos”, concluiu. O primeiro concerto do programa aconteceu em Janeiro, com o trio Romeu Tristão e Clara Lacerda.

Já o segundo espectáculo decorreu no dia da apresentação do evento, no passado sábado, com Margarida Campelo e o cancioneiro norte-americano, tendo ainda contado com a participação do compositor, produtor e multi-instrumentista Bruno Pernadas, de João Fragoso, no contrabaixo, e de Miguel Fernández, na bateria.

O final da apresentação do projecto ficou marcado por uma prova de vinhos regionais da Herdade Canal Caveira e uma ‘jam session’, com jovens talentos do jazz a actuarem.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -