30 Junho 2024, Domingo

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Nova Companhia de Ópera de Setúbal quer apresentar duas produções por ano

Nova Companhia de Ópera de Setúbal quer apresentar duas produções por ano

Nova Companhia de Ópera de Setúbal quer apresentar duas produções por ano

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A Companhia de Ópera de Setúbal, projecto inaugurado este mês com a ópera “Os Fantasmas de Luísa Todi”, nasceu a partir do Coro Setúbal Voz, e promete apresentar ao público duas produções por ano.

Com direção artística do maestro e compositor Jorge Salgueiro, desde há cerca de dois anos, o Coro Setúbal Voz foi o primeiro passo de um processo que deu origem à fundação do Ateliê de Ópera de Setúbal, no final do ano passado, e, já este ano, à criação da nova Companhia de Ópera de Setúbal.

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“Nós tínhamos previsto, a partir do ateliê de ópera, fundar uma companhia, talvez no final deste ano. Mas, com os constrangimentos das salas, o espetáculo [inaugural] do dia 4 de julho teve a condicionante de não poder ter um coro na sua íntegra e de estarmos limitados a sete pessoas”, no elenco, disse à agência Lusa o compositor e líder do projeto, Jorge Salgueiro.

“Essas restrições foram a mola impulsionadora para avançarmos mais cedo para a companhia de ópera, que é a terceira formação resultante da Associação Setúbal Voz e que, naturalmente, é mais restrita em termos do número de membros que dela fazem parte, dado que, neste momento, é constituída pelos professores da associação e alguns elementos que apresentam melhores condições para fazer parte de uma companhia de ópera”, acrescentou.

A Companhia de Ópera de Setúbal, que pretende apresentar uma segunda produção ainda este ano, deu início ao seu percurso público com a estreia, há uma semana, da ópera “Os Fantasmas de Luísa Todi”, no Fórum Municipal com o nome da cantora lírica setubalense.

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“’Os Fantasmas de Luísa Todi’ é um espetáculo que nasceu da ideia de termos uma sala inóspita em termos de público. Dadas as condicionantes que temos na ocupação das salas, eu imaginei uma sala vazia e um espetáculo numa casa meio assombrada. E daí surgiu o nome, um bocadinho como nos livros de [José] Saramago: por vezes o título surgia como motor para tudo o resto”, disse.

“E do nome surgiu o espetáculo, não o contrário. A dramaturgia de ‘Os Fantasmas de Luísa Todi’ foi construída a partir dessa ideia, dos momentos que assombraram a vida e a carreira dessa grande cantora, que foi, e continua a ser, uma referência nacional. E que foi também um dos nomes maiores da música do seu tempo”, sublinhou Jorge Salgueiro, sobre a cantora lírica de Setúbal, que atuou nas grandes cortes europeias e nos principais palcos de ópera do final do século XVIII, de Lisboa a São Petersburgo, passando por Paris, Viena e Nápoles, entre outras cidades capitais.

No futuro, Jorge Salgueiro diz que a Companhia de Ópera de Setúbal pretende apresentar duas produções por ano, a próxima no dia 1 de novembro.

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“Quando se funda uma companhia de ópera, não é mais do que assumir a continuidade da produção de espetáculos de ópera. Temos para nós que, em condições normais, teremos duas produções de ópera por ano”, disse.

“Vamos ver o que é possível fazer neste momento. Temos um espetáculo já criado, que pode vir a ser reposto [‘Os Fantasmas de Luísa Todi’], e temos ideia de, no dia 1 de novembro, estrear um novo espetáculo ‘Ópera, Sexo & Poder’. De qualquer modo, em termos futuros e em condições normais, o nosso objetivo é fazer duas produções por ano, com espetáculos originais ou recriações de óperas já existentes”, anunciou o fundador da nova Companhia de Ópera de Setúbal.

Jorge Salgueiro, que também faz parte da direção artística do Teatro O Bando, desde há 20 anos, não exclui por isso eventuais parcerias futuras entre a Companhia de Ópera de Setúbal e aquela companhia de teatro de Palmela, com a qual até já trabalhou o Coro Setúbal Voz.

“Por onde tenho passado tenho conseguido realizar parcerias que têm sido muito boas para as várias entidades envolvidas. Uma das parcerias foi precisamente entre o Teatro O Bando e o Coro Setúbal Voz, que é a estrutura base da Companhia de Ópera”, disse Jorge Salgueiro, reiterando que “o Ateliê de Ópera é a plataforma intermédia entre o Coro Setúbal Voz e a Companhia de Ópera de Setúbal”.

Por Palmela vai passar também o próximo espetáculo do Ateliê de Ópera de Setúbal, “Nessun Dorma”, a realizar no sábado, a partir das 15:00, em que o público vai circular pela mata do castelo – o Parque Venâncio Ribeiro da Costa -, onde vão estar 36 cantores e 36 instrumentistas, a interpretar 36 árias de ópera, em 36 diferentes locais.

“É um espetáculo em andamento (…) e em que o público, ao mesmo tempo que ouve música e vê um espetáculo, faz uma visita a um parque que é lindíssimo e que fica mesmo no sopé do castelo Palmela. E tanto o castelo como a mata são espaços muito bonitos”, concluiu Jorge Salgueiro.

O acesso ao espetáculo é gratuito, e os bilhetes podem ser levantados até hoje à tarde, no Cineteatro S. João, em Palmela, ou no dia e no local espetáculo, a partir das 15:00, caso ainda não esteja lotado.

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