28 Junho 2024, Sexta-feira

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Munícipes acusam autarquia da Moita de “ignorar” petição pública

Munícipes acusam autarquia da Moita de “ignorar” petição pública

Munícipes acusam autarquia da Moita de “ignorar” petição pública

Cidadãos que apresentaram proposta à autarquia para terreno cedido recentemente ao CRIBB, sentem-se “injustiçados” e afirmam que não foram ouvidos sobre a decisão. Município destaca importância da construção de um novo Lar de Idosos no local

 

Daniel Demétrio e Rafael Moisés, dois dos munícipes do concelho da Moita que garantem ter apresentado há mais de dois anos uma proposta na autarquia para a construção de um Parque Urbano, no terreno cedido recentemente pelo município ao Centro dos Reformados e Idosos da Baixa da Banheira (CRIBB), para a construção de um novo Lar de Terceira Idade, acusam o executivo camarário de “ignorar uma petição pública” realizada junto dos moradores ali residentes, que defendem um uso diferente para aquela zona.

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A petição, recordam, chegou a ser enviada aos membros da Assembleia Municipal e ao presidente da União de Freguesias da Baixa da Banheira e do Vale da Amoreira, “com 280 assinaturas, ultrapassando assim o número mínimo obrigatório de 250 para que o assunto fosse inscrito na Ordem de Trabalhos da respectiva Assembleia e Reunião de Câmara”.

Por essa razão, questionam agora o motivo pelo qual “foi colocada a proposta de cedência do respectivo terreno sem que a proposta e petição que apresentámos para a construção de um parque urbano” naquela zona, “não tenha sido incluída como deveria”, não sendo “discutida e colocada à consideração de uma votação”.

Os autores do projecto afirmam que “não ouviram a população neste caso, nem as suas propostas e tanto nós, como as mais de 280 pessoas que assinaram a petição sentimo-nos injustiçados”, reclamam, referindo que tem vindo a constatar-se, sobretudo junto da população da zona sul da Baixa da Banheira e em particular da Baixa da Serra, que as pessoas “não querem um Lar junto a outro, mas um Parque Urbano e não apenas um espaço ajardinado à volta do equipamento”, quando existe a falta de um equipamento similar no Vale da Amoreira.

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Confrontado com a situação, Rui Garcia, presidente do município, afirma que “não tenho comentários a fazer sobre o assunto”, tendo realçado a importância da atribuição do terreno ao CRIBB, uma instituição que “tem quatro décadas de trabalho na Baixa da Banheira, que é muito importante e que pretende expandir as suas capacidades, as suas instalações e construir um equipamento, que reconhecidamente faz muita falta”, disse ao O SETUBALENSE. “Todos sabemos que o concelho e a região em geral têm uma carência ainda relevante de vagas e de lugares para equipamentos residenciais de Terceira Idade, que é um problema significativo dos tempos modernos e este vem dar uma importante resposta nesta matéria”, acrescentou.

O autarca salientou que “o processo de discussão e de compromisso entre a câmara e o CRIBB ocorreu no início de 2018, altura em que a instituição colocou à autarquia a necessidade e a vontade de construir o novo lar, e foi nessa altura que apontámos aquele terreno que ainda estava reservado à construção do centro de saúde, sendo que, posteriormente e após termos estudado as alternativas, acabou por se optar pela que está agora em curso”, junto à Escola D. João I.

“Câmara não pode abdicar da obrigação de decidir e gerir o território”

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“A câmara não pode abdicar da sua obrigação de decidir e de gerir o território e não o faz por impulsos”, destacou, tendo defendido que “o planeamento tem de ser feito atendendo às diversas necessidades e disponibilidades, tomando as melhores decisões para dar as melhores respostas relativamente às carências de uma determinada freguesia do concelho”, sublinhou. “Quando o promotor do esboço começou a falar desse assunto, soube desde o início para que estava destinado o espaço e procurou apenas protagonismo pessoal ao suscitar esta questão”, afirmou Rui Garcia.

Quanto à população que vive naquela zona, o presidente referiu que o município defende que este “é o caminho que vai permitir resolver, com a maior brevidade, um problema com um equipamento para a área da Terceira Idade e ainda deixa uma faixa significativa de espaço que vai ser requalificada e onde ficará ali enquadrado um espaço verde e aprazível, que permitirá criar uma área para todos”.

Por Luís Geirinhas

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