Primohorta fornece cenouras para todas as lojas em Portugal. Em 2023 foram compradas pela cadeia 1.800 toneladas ao fornecedor montijense
A Mercadona, que tem na Península de Setúbal três lojas já instaladas, aumentou 49% em 2023, face a 2022, o volume de compras a fornecedores nacionais e a sua aposta no sector primário português. A cadeia de supermercados, que já tem 49 lojas em território nacional, comprou cerca de 1.178 milhões de euros a mil fornecedores comerciais e de serviços, tendo no distrito vários exemplos que fornecem a nível nacional, com a Primohorta, no Montijo, a servir como referência.
A Adega Cooperativa de Palmela na produção do Vinho Ponte Morgada Branco e Tinto, e a José Maria da Fonseca, que produz o Moscatel de Setúbal Falhusca e os vinhos Ponte Morgada Reserva são exemplos de colaboração com a Mercadona. Ainda no distrito sadino, a cadeia de supermercados conta com os fornecedores LitoralFish, especialista na transformação e congelação de pescado, e a Primohorta, no Montijo, que fornece as cenouras para todas as lojas da Mercadona em Portugal, sendo que em 2023 foram compradas pela cadeia 1.800 toneladas de cenouras.
Em nota de Imprensa, a Mercadona garante que “do peixe comprado diariamente em lotas nacionais, ao azeite 100% português”, a cadeia de supermercados procura os “melhores fornecedores” especialistas, de Norte a Sul até às ilhas, promovendo a “exportação” e permitindo um “crescimento partilhado e sustentável”. No seu entender, esta aposta tem-se revelado não só um “motor de desenvolvimento” económico e social, como também, uma “aposta na diferenciação”.
Para Pedro Barraco, director da cadeia agro-alimentar da Mercadona, é possível observar que de Norte a Sul de Portugal se encontra uma “vasta diversidade de produtos, desde a pêra rocha do Oeste aos lácteos dos Açores”.
“Na Mercadona trabalhamos diariamente para que seja possível encontrar, em todas as secções, um sortido variado e que permita ao ‘chefe’ levar para casa um carrinho de compras de qualidade e à portuguesa. Esta aposta na produção nacional permite uma maior frescura dos nossos produtos e, ao longo destes quase cinco anos em Portugal, temos tido a oportunidade de trabalhar com excelentes fornecedores, bastante motivados e com vontade de crescer connosco”, refere Pedro Barraco.
As compras da Mercadona a fornecedores portugueses, comerciais e de serviços, têm vindo a aumentar progressivamente desde 2019, altura em que a empresa abriu as primeiras lojas, esclarece a empresa em comunicado, garantindo que passou de um investimento de 217 milhões de euros para os actuais 1.178 milhões de euros.
É com o objectivo de oferecer os “produtos mais frescos” e com a “máxima qualidade” aos ‘chefes’ (clientes), que a Mercadona mantém-se “fiel ao seu compromisso” de desenvolvimento de uma cadeia agro-alimentar Sustentável, “apostando no sector primário português e desenvolvendo com os seus fornecedores relações estáveis”, de compromisso e a longo prazo, permitindo um “crescimento sustentável para todos os elos da cadeia”.