O primeiro livro de João Parreira conta uma história de superação e representa o início de um novo caminho. “O primeiro de vários livros, espero, porque ainda tenho muitos textos guardados na gaveta”
“Memórias da minha vida de má vida” é o primeiro livro de João Parreira. Aos 53 anos fala sobre um percurso de vida “que durante muitos anos esteve ligado à toxicodependência”, até ao dia em decidiu, “não, a minha vida vai ser muito mais”.
Os textos que viriam a formar o livro “Memórias da minha vida de má vida” surgiram a partir de um processo que João recorda como “cura a frio”. Depois de ter tentado várias vezes fazer desintoxicação assistida “e ter recaído outras tantas vezes”, João Parreira decidiu “fazer a desintoxicação sozinho”.Sobre esse processo João recorda, “em confronto comigo mesmo comecei a escrever textos soltos sobre episódios da minha vida, sobre o que sentia nas fazes de maior dor e desespero, sobre as conquistas que queria alcançar um dia. E superei-me”.
Deste modo casual “e auto terapêutico” como João prefere referir “começou a nascer o esboço do que seria o meu primeiro livro”.
Vontade de revelar uma realidade escondida
“Há pessoas que gostam de reflectir sobre o seu passado, mesmo que seja um passado pouco ou nada recomendável. Eu sou uma dessas pessoas”, afirma João Parreira. “Por isso deixo neste livro os testemunhos dramáticos e ridículos da minha vida de toxicodependente, ou seja de má vida”.
Através de textos e poemas, guardados ao longo de anos, João produziu o livro com uma intenção clara. “Criar algo interessante e agradável, com algum humor sobre situações de limite que muitas vezes não parecem ser ultrapassáveis. Uma história que passe uma mensagem às outras pessoas”.
Sobre a data oficial para a apresentação pública de “Memórias da minha vida de má vida”, João Parreira revela que “ainda não existe um evento agendado e organizado”. O seu objectivo no momento é “fazer o caminho aos poucos e continuar, se possível, a publicar mais livros no futuro”.