Estrella Luna Muñoz está a desenvolver projecto até Novembro
A mexicana Estrella Luna Muñoz, investigadora, formadora e coordenadora de projectos de média, artes, educação, diálogo intercultural e integração social comunitária, encontra-se actualmente no ProHUB – Centro de Investigação & Inovação para o Ensino Profissional da Escola Técnica Profissional da Moita (ETPM), para investigar, tanto as aprendizagens como a forma que este estabelecimento de ensino utiliza naquele espaço para este efeito.
O projecto da jovem licenciada, de 31 anos, iniciado em Março no México, Cabo Verde, Espanha, Honduras, Nicarágua e agora em Portugal, consiste em pesquisar “o aluno autónomo no planeamento e avaliação das suas aprendizagens no ensino profissional e as práticas pedagógicas usadas”, prossegue até ao mês de Novembro, tendo sido realizadas várias sessões e conversas com alunos, professores, tutores de turma e directores de curso.
Com os projectos já desenvolvidos nestes países, a investigadora tem agora como pretensão “inspirar, capacitar e apoiar os jovens a liderar o caminho em direcção a uma sociedade mais inclusiva, justa, resiliente e regenerativa”.
A investigação em causa surgiu da necessidade de orientar e construir, junto do aluno, o desenvolvimento de planeamento e auto-avaliação para um trabalho autónomo. Para isso, Estrella Muñoz analisa a utilização da metodologia, das práticas pedagógicas e dos instrumentos de (auto)regulação das aprendizagens utilizadas na ETPM, investigando a forma de articulação entre o Referencial de Inovação Pedagógica e o perfil do aluno, as tutorias de turma e aprendizagem autónoma.
Licenciada em Artes Visuais e Diploma de Inovação Educacional, pela Universidad Nacional Autónoma de México, com mestrado em Produção Artística (UPV), em Valência, na vizinha Espanha, e doutoramento em Educação com as TIC na Universidade de Lisboa, a tese desenvolvida por Estrella “esteve focada na literacia mediática e informacional para o empoderamento e e integração social dos jovens”.
A ETPM apoia e colabora com esta investigação, cujos “resultados vão servir para melhorar e/ou actualizar o nosso modelo, a forma como fazemos aprender, garantindo sempre o bem-estar do aluno e da equipa”, sublinha aquela escola.
Refira-se que a investigadora tem exercido funções como docente em diversas instituições de ensino online e presencial – como é o caso da Arab Academy, no Egipto –, e tem sido convidada a participar como oradora em várias conferências e congressos, algumas das quais organizadas pela UNESCO.