Fenómeno da natureza volta a repetir-se na região 55 e 58 anos depois

Fenómeno da natureza volta a repetir-se na região 55 e 58 anos depois

Fenómeno da natureza volta a repetir-se na região 55 e 58 anos depois

Edições d’O SETUBALENSE descrevem o que foram os abalos com epicentro em Santiago do Cacém e a 230 km da costa

A 26 de Agosto de 1966 a região acordava com a notícia “Um sismo fez-se sentir no distrito de Setúbal”. O título é do jornal O SETUBALENSE de 27 de Agosto desse ano onde se dá conta de um abalo “com o grau V na escala internacional” sentido em Santiago do Cacém e, na região de Lisboa, “não foi além do grau III-IV”. Do acontecimento não resultaram vítimas nem danos materiais.

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Nas redes sociais correm imagens de recortes da edição de 26 de Agosto de 1966 do “Diário de Lisboa” onde se sabe que a intensidade máxima foi sentida em São Bartolomeu da Serra, na cidade santiaguense, tendo o epicentro sido registado em Abela. A terra tremeu pelas 5h56, no mesmo dia (e perto da mesma hora) do abalo de ontem.

Sentido com mais intensidade, e causador de grandes estragos, foi o sismo de 28 de Fevereiro de 1969 que, na cidade de Setúbal, afectou habitações, destruiu automóveis e fez estragos severos nas igrejas de São Julião e Anunciada e nas capelas de Nossa Senhora da Conceição e de Santo António.

A informação consta também na edição do nosso periódico datado de 1 de Março de 1969 onde, além da estarem detalhadas as ruas e casas onde ocorreram os danos, há também registo de quatro feridos e a informação de que “no Hospital de S. Bernardo apenas tinham sido assistidos casos de depressões nervosas”.

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“Setúbal foi duramente castigada pelo tremor de terra que se sentiu na madrugada de ontem” é o título.

O abalo fez-se sentir pelas 3h41 da madrugada com magnitude de 7,3 na escala de Richter e o epicentro a 230 quilómetros para sudoeste de Lisboa, no Oceano Atlântico. Este registou intensidade de VI-VII da escala internacional e, segundo se lê na edição, foi “o maior e mais aparatoso que entre nós se regista, desde há muitos anos”.

Na edição seguinte (2 de Março de 1969) sai a notícia “Cinco mil escudos início de uma subscrição a favor das vítimas do tremor de terra” onde se sabe que o senhor engenheiro Tomaz Roque se dirigiu ao jornal com a proposta da “constituição, em Setúbal, de uma comissão para socorrer as vítimas do tremor de terra ocorrido na madrugada da última sexta-feira”, pode ler-se.

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Com o lema “O mal pelas aldeias” tinha como finalidade mobilizar quem não tivesse sido afectado pelo abalo para ajudar os feridos ou aqueles que viram o seu património afectado.

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