Exposição de fotografia de Ana Maria Bettencourt ensina a “gostar da Terra”

Exposição de fotografia de Ana Maria Bettencourt ensina a “gostar da Terra”

Exposição de fotografia de Ana Maria Bettencourt ensina a “gostar da Terra”

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Mostra “Entre Basalto e Flores”, que apresenta imagens captadas nos Açores, pode ser visitada em Maio

 

A exposição “Entre Basalto e Flores”, de Ana Maria Bettencourt, inaugurada este sábado na Casa da Cultura, em Setúbal, ensina a “gostar da Terra”. As imagens que compõem a mostra fotográfica, disponível para visitas durante todo o mês de Maio, foram captadas nos Açores, local escolhido pela autora para esta obra por ser a sua terra natal.

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“As ilhas têm flores maravilhosas e paisagens de biodiversidades fantásticas. Tive oportunidade de olhar para a ciência como cidadã”, revela Ana Maria Bettencourt. A fotografia no seu percurso surge como um mecanismo de intervenção e defesa da biodiversidade, com a autora a afirmar que “intervenção cívica” é o que gosta de fazer.

“É preciso olhar e saber proteger a biodiversidade e, sobretudo, ensinar a proteger a biodiversidade”, acrescenta, sendo este o motivo para as fotografias espelharem a sua preocupação com o ambiente. Questionada acerca desta paixão, aponta que “nunca mais parou esta vontade de fotografar e mostrar os Açores aos outros”.

Ainda assim, diz que esta foi uma “experiência sofrida”, no sentido em que “foi preciso andar muito, estudar percursos que não sabia fazer com muitos sítios de difícil acesso”. Ao associar o trabalho artístico a emoções, anuncia que as imagens preferidas são “as que ficam no interior das ilhas em lugares mais desconhecidos, como a montanha do Pico ou a Serra de Santa Bárbara”.

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“A montanha do Pico para mim tem uma ligação muito especial. Já lá passei uns maus bocados, mas também porque é fascinante, tem uma cratera absolutamente fascinante”, revela.

A terminar, afirma que é preciso “aprender a gostar da Terra” por ser um “grande desafio, uma vez que a Terra está em risco” e, portanto, acredita que é necessário investir na educação e nas escolas, na sociedade como um todo, “para que toda a gente aprenda a olhar para a Terra de outro modo, para as suas riquezas e percebam o quanto se está a estragar e o prejuízo que vai ser para as novas gerações”.

Na inauguração da exposição, onde marcaram presença cerca de três dezenas de pessoas, esteve também José Teófilo Duarte, designer e director de arte, que caracterizou a mostra como algo que “enaltece” a Casa da Cultura e que apresenta “muito de documento além do lado artístico”.

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