Docentes do Instituto Politécnico de Setúbal pedem fim de quotas para progressão

Docentes do Instituto Politécnico de Setúbal pedem fim de quotas para progressão

Docentes do Instituto Politécnico de Setúbal pedem fim de quotas para progressão

Subscritores da carta aberta pedem uma revisão do regulamento de avaliação de desempenho

Oitenta e um docentes do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) assinaram uma carta aberta a exigir a revisão do regulamento de avaliação que impõe quotas para a progressão na carreira e que consideram ter parâmetros injustos.

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No documento a que a Lusa teve acesso, os subscritores da carta aberta pedem uma revisão do regulamento de avaliação de desempenho, exigindo o “fim da imposição de quotas”, que dificultam a progressão na carreira e o consequente acréscimo remuneratório.

“A aplicação deste Regulamento aos professores de carreira da instituição retirou o direito à progressão salarial obrigatória a 65% dos docentes avaliados, conduzindo a um sentimento generalizado de desvalorização do seu trabalho e de profunda injustiça”, lê-se no comunicado que acompanha a carta aberta.

Na carta, os subscritores defendem que “a progressão na carreira no IPS é extremamente condicionada”, salientando que mais de metade dos tempos leccionados são-no por professores fora do quadro, contrariando o Estatuto da Carreira Docente, que determina que 70% dos docentes sejam dos quadros das instituições.

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Acrescentam que as aposentações têm levado a substituições por contratos precários a tempo parcial, “esvaziando progressivamente o corpo docente de carreira”.

“Não se compreende que o IPS seja a única instituição de ensino superior politécnico com uma visão extremamente restritiva e penalizadora da progressão de posicionamento remuneratório, através do estabelecimento de quotas”, criticam os subscritores.

Na carta aberta defendem ainda que “a estrutura, os parâmetros e as ponderações do instrumento de auto-avaliação são injustos e desadequados da realidade do IPS e do ensino superior, não reflectindo nem valorizando todo o trabalho indispensável ao funcionamento e desenvolvimento das unidades orgânicas e dos seus docentes”.

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