1 Julho 2024, Segunda-feira

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De Setúbal à Tanzânia: A jornada de um setubalense em busca da paixão pela vida selvagem

De Setúbal à Tanzânia: A jornada de um setubalense em busca da paixão pela vida selvagem

De Setúbal à Tanzânia: A jornada de um setubalense em busca da paixão pela vida selvagem

Rui Capucho largou tudo na cidade que o viu nascer para cumprir sonho de infância. Aos 42 anos trabalha num safari, onde já viveu experiências inesquecíveis

Com o desejo de explorar novos horizontes e viver uma vida mais alinhada com a paixão pela vida selvagem e pela aventura, Rui Capucho decidiu ‘largar tudo’ em Setúbal e ir atrás de um sonho para a Tanzânia. O aventureiro de 42 anos queria cumprir um sonho de infância e foi em 2016 que o alcançou, ao adquirir metade da empresa de safaris Time For African Adventures. Garante já ter aprendido muito com os animais selvagens, tendo vivido experiências “marcantes”, tanto positivas como negativas.

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Em 2015 trabalhava como orçamentista, numa empresa de electricidade, e foi aí que “arranjou coragem”, depois de sentir que lhe “faltava algo” para atingir a verdadeira felicidade, tendo feito nesse ano o seu primeiro safari. No ano seguinte, em 2016, surgiu a oportunidade de mergulhar na cultura única da Tanzânia e experimentar a vida selvagem de perto, algo que considerou “irresistível”. Em entrevista a O SETUBALENSE, Rui Capucho explica que estabeleceu uma “forte ligação” com o seu guia na primeira viagem, Zacharia Sarja, aquele que actualmente é o seu sócio na empresa, e que quando surgiu a oportunidade de adquirir 50% da empresa nem olhou para trás. “Nunca pensei que hoje em dia estaria a proporcionar “o meu sonho” a tantas outras pessoas que tal como eu tinham o sonho de fazer um safari em África”.

Para este aventureiro foi “bastante desafiador” deixar Setúbal para rumar à Tanzânia, mas também “incrivelmente gratificante”. Embora não considere que tenha deixado o conforto da vida em Portugal, uma vez que actualmente está a maior parte do tempo no País, Rui garante que o “crescimento e solidificação” da Time For African Adventures ao longo do tempo permitem estar na sua terra natal. Ainda assim assume que a Tanzânia traz “muitos desafios” e o modo de vida é completamente diferente. “Trouxe-me um crescimento pessoal muito grande”, sublinha.

Sobre o porquê de tomar esta decisão, Rui explica que decidiu seguir este caminho em 2016, mas oficialmente e a tempo inteiro em 2019, porque queria “algo mais” do que ter o trabalho “normal” e algo que lhe fizesse feliz. “Fazer o que realmente gostamos é uma parte muito importante para sermos bem-sucedidos. Decidi abraçar esta oportunidade porque senti que era uma chance única de seguir a minha paixão e viver uma vida mais autêntica e significativa”.

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Actualmente é director de operações da “Time For African Adventures”, sendo que o seu papel consiste muito na organização de toda a logística da empresa, que envolve “muitos meios e uma organização profissional”. “Basicamente é toda a gestão da parte dos bastidores da empresa”, explica. Rui esclarece que tem também uma parte “muito activa” na elaboração dos itinerários dos clientes, o que também “gosta muito” de fazer, seja com clientes portugueses ou de qualquer parte do mundo, confessando que dá um “gosto extra” receber portugueses. Na empresa é o único “estrangeiro”, sendo que a restante equipa é local, provenientes da Tanzânia e do Quénia.

Tendo já perdido a conta aos safaris feitos, realça que “nenhum dia de safari é igual”, porque há sempre “algo novo para descobrir e para aprender”. Para Rui todos os animais selvagens têm “a sua própria beleza e fascínio”, mas revela que tem uma “afinidade especial” pelas chitas. “É dos animais que mais me cativa. Obviamente que ver os grandes predadores como o leão é avassalador, mas cada um causa um impacto inexplicável, é o tal cliché, estar na savana africana não se explica, sente-se”.

Para aqueles que nunca fizeram um safari, Rui aconselha “sem dúvida alguma” as pessoas a vivenciarem uma vez na vida um safari. “Sugiro que estejam abertos a experiências novas, prontos para se maravilharem com as paisagens, com a beleza intocável da vida selvagem e preparados para momentos inesquecíveis na natureza. Uma viagem à Tanzânia não é só uma viagem, é uma experiência que vai marcar com toda a certeza aqueles que a vivenciarem”, assegura.

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Com tantos lugares visitados na natureza, Rui enaltece que a Tanzânia tem uma vasta extensão de parques naturais, cada um com as suas “características distintas”. “É desafiador destacar um entre eles, mas pessoalmente, o Serengeti conquista o meu coração. É difícil expressar em palavras a emoção que sinto enquanto estou imerso num safari no Serengeti. É como se estivéssemos a viver o próprio cenário do filme ‘Rei Leão’, mas de forma real e vibrante com tudo a acontecer diante dos nossos próprios olhos”, atira o setubalense.

Aventuras permitiram viver momentos especiais, mas também difíceis

Entre as várias aventuras que já teve na natureza, Rui conta que um dos momentos mais especiais que já viveu foi estar muito perto das crias de uma leoa. “Crias com poucos dias de vida, ver e sentir que aqueles que serão no futuro os verdadeiros ‘reis da selva’ foi bastante marcante”. Apesar das boas experiências, o setubalense clarifica que também já testemunhou momentos difíceis durante os safaris, sendo preciso ter alguma “capacidade de encaixe”.

“Ver os animais em plenos momentos de caça e a serem bem-sucedidos traz uma sensação de ‘pena’ para com as presas, mas nunca nos devemos esquecer de que é a vida selvagem a acontecer. Um dos momentos que mais me marcou foi ver uma gazela com 1-2 dias de vida junto da mãe na Cratera Ngorongoro e passados 10 minutos ver uma hiena a terminar o ciclo de vida desta cria, foi um momento intenso”.

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