Certame que começa esta sexta-feira conta com presença de um dos nomes mais icónicos da música portuguesa

Carlão é um dos nomes mais icónicos da música portuguesa, transversal a diversas gerações de público. Se no passado construiu o seu nome na música como líder da banda almadense Da Weasel, então com o nome artístico de Pacman, hoje é um músico em nome próprio, um homem de consensos musicais, de partilhas e de experiências.

Com 49 anos de idade, Carlos Nobre Neves, nasceu em Angola, em 1975, mas no mesmo ano veio viver para Portugal. Depois da “vida” dos Da Weasel, escreveu para jornais sobre música e também algumas crónicas.

Gravou, entretanto, com os projectos “Os dias de Raiva” e “Algodão”, no início da década passada.  Em 2014 surge em nome próprio, numa sonoridade que seria ilustrativa da sua identidade cultural.

Homem atento ao que o rodeia, passa pelo Esquadrão do Amor no Canal Q, e cria (em parceria com Boss AC), o tema-genérico do programa de cariz sociológico “E Se Fosse Consigo”, da autoria de Conceição Lino, para a SIC.

Fred Ferreira, Dj Beatbombers, Manuel Cruz, António Zambujo, Slow J, Carolina Deslandes, Marisa Liz, Quatro e Meia, Blaya, Branko, Tatanka, Stereossauro ou Barbara Tinoco, são alguns dos nomes – diferentes entre si – com os quais estabeleceu parcerias musicais de relevo. Deixo ainda uma referência para a participação (tão fascinante, quanto emotiva) no último concerto de Simone, no Coliseu de Lisboa em Março de 2022.

Com uma carreira em ascensão e com imensa visibilidade (a sua presença no programa “The Voice”, também ajudou), os temas marcantes sucedem-se: “Bandida”, “Assobia para o lado”, “1986”, “A maior traição”, são apenas alguns exemplos de um talento enorme e da adesão do público a esse mesmo talento.

A noite de abertura das Festas de Corroios, não poderia ter melhor começo. Carlão vai “rebentar” a festa. Antes de Carlão subir ao palco, atua a banda Divã, da Amadora, que foram os vencedores do 28º Festival de Música Moderna de Corroios, no início de 2024.

Com um ano de existência, os Divã assumem uma musicalidade que andam entre o rock português e o pós-punk. “Celebramos a língua que cantamos e berramos. Vibramos e tentamos fazer vibrar”. São as suas palavras de apresentação.

Opinião Musical