Artista construiu a sua formação musical com estudos de nove anos dedicados a várias áreas musicais
É uma jovem cantora e compositora, que escolheu o ano de 2023 para mostrar o seu talento e partir à conquista de um lugar no espaço musical. Chama-se Luísa Magrinho, reside em Corroios, no Seixal, e assume identidade luso-brasileira – pai português e mãe brasileira –, com tudo o que implica, também em termos culturais, com influências marcantes da Música Pop, Folk ou Bossa Nova, naturalmente.
Acaba de editar de uma assentada, o single “Inês” e o EP “Tempo”. As plataformas digitais foram palco – nos últimos meses – de diversos lançamentos discográficos, porque talento e imaginação não faltam a esta cantora, que decidiu mostrar-se artisticamente, ao longo deste ano.
Porque “os amigos pediam-me para editar, para poderem ouvir as minhas músicas, em casa”, no início do ano editou “Fevereiro”, com o qual se mostrou e assumiu as suas influências. “Salvador Sobral, Maro, Anavitória, são as minhas principais influencias”, revela Luísa Magrinho em declarações a O SETUBALENSE.
No disco de estreia, Luísa aborda a sua ligação à cidade de Lisboa e aos segredos que ela guarda. “É o sabor doce e amargo que as relações amorosas nos trazem e uma carta de amor e amargura, também, a Lisboa”. Em “Fevereiro”, “somos convidados a desacelerar do ritmo diário e a ouvir este tema que o transporta para uma viagem pelo crescimento, aventura e narrativa de uma história de amor”.
Curiosamente – por qualquer inexplicável razão, eventualmente ligada a algoritmos – o tema de estreia atingiu números de alguma dimensão, na playlist do Spotify, num país do Médio Oriente.
Antes da aventura discográfica Luísa construiu a sua formação musical com estudos de nove anos, à volta do violino e fez uma licenciatura em Produção de Teatro na Escola Superior de Teatro e Cinema. Como resultado da licenciatura, passou pelo Teatro Nacional de São Carlos, pelo Teatro Nacional São João e o CCB, onde trabalhou nos bastidores dos palcos. Em 2020 sobe aos palcos com o musical “Carrie” e – em constantes desafios – começa a escrever os seus primeiros temas.
A meio do ano, o segundo disco, “Meu bem”, um tema que faz jus ao lado brasileiro da artista, um piscar de olho ao Brasil que espera abordar em breve, à suavidade da Bossa Nova, para suporte musical de uma história de amor nascida durante a pandemia.
Em Setembro, nova aventura discográfica. “Vemo-nos depois?”, inspirada na magia e na atmosfera de romance da cidade do Porto, apresenta Luísa Magrinho em dueto com músico Daniel Drake. A música, as imagens, as histórias transportas para imagens no videoclip, a revelação das influências de filmes musicais que marcaram os últimos anos da sétima arte: “La La Land”.
Agora é a vez do quarto single, “Inês”, uma abordagem a uma temática séria, que se assume como uma homenagem ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. “Inês” é, segundo a sua autora, “um incentivo às mulheres para que lutem pelos seus sonhos, por um lado, e pelo direito de viverem sem medo e romperem o ciclo de silêncio que muitas vezes as envolve”. O videoclip que complementará o universo estético e musical de “Inês”, estará disponível dentro de dias, nas plataformas digitais.
E com este novo single, Luísa Magrinho completa o caminho delineado para 2023, e que apresenta em forma de EP. “Tempo”, de seu nome, que reúne os trabalhos anteriormente editados e que nos dá uma visão ampla da musicalidade e do olhar atento ao mundo e aos sonhos que rodeiam a sua autora.
Com uma visão e uma formação que lhe permite entender os diferentes lados do mundo da música, Luísa arriscará em breve palco em nome próprio. Apesar das naturais “dificuldades” dos chamados mercados da música, o seu talento como compositora e cantora, aliado á sua determinação na forma de estar na vida e no mundo, decerto serão motivo de implementação do seu trabalho.