Associação Setúbal Voz promove recital de laureados do concurso para jovens cantores

Associação Setúbal Voz promove recital de laureados do concurso para jovens cantores

Associação Setúbal Voz promove recital de laureados do concurso para jovens cantores

A ópera estará em cena no Luísa Todi de 8 a 10 de Novembro, e no Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, em 14 de Dezembro

O concerto dos laureados do concurso “Setúbal Voz para Jovens Cantores”, no próximo sábado, na Igreja do Convento de Jesus, faz parte do projecto “Tetralogia operática sobre quatro constituições portuguesas”, iniciado em 2022, que estreará a nova produção em Novembro.

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Com música e libreto de Jorge Salgueiro, ”2030, A Nova ordem” será a quarta e última ópera original das estreadas desde 2022 no âmbito desse projecto, encomendadas pela Associação Setúbal Voz a compositores como Eurico Carrapatoso, António Victorino d’Almeida e Vítor Rua.

”2030, A Nova ordem”, de acordo com a associação, ficciona uma Constituição de um futuro aparentemente distópico, com a ascensão da extrema-direita. A obra tem estreia marcada para 8 de Novembro no Fórum Luísa Todi, em Setúbal.

“Um projecto como este, da Associação Setúbal Voz, permite o acesso a formas de arte que há uns anos estavam restritas à capital. Nós temos tentado fazer chegar esta forma de arte, que é a ópera, não apenas às salas principais, Setúbal, Lisboa, Guimarães, Coimbra, mas também dentro de Setúbal aos bairros mais complicados, menos visitados, menos frequentados, com piores condições de vida”, disse à agência Lusa Jorge Salgueiro.

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De acordo com o director artístico, a Associação Setúbal Voz já conseguiu fazer chegar a ópera a públicos que, por exemplo, nunca tinham estado no fórum municipal de Setúbal, onde foram apresentadas, e aproximou o canto lírico da comunidade cigana na cidade.

“Existem ainda alguns preconceitos em relação à ópera que depois se desfazem quando as pessoas têm acesso aos espectáculos”, congratulou-se.

O recital dos laureados do concurso, no próximo sábado, reúne as sopranos Elisa Bastos (1.º prémio) e Daniela Barbosa (2.º), o barítono Tiago Saad (Menção Honrosa e Prémio Interpretação de Camões) e o tenor Ricardo Bispo (Prémio Bocage), que serão acompanhados ao piano por Tiago Mileu.

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A lírica de Camões dominará o programa, com peças compostas por Gonçalo Lourenço, Jorge Salgueiro e Vianna da Motta, respectivamente “Menina dos Olhos Verdes”, por Ricardo Bispo, “Oh que Famintos Beijos na Floresta”, por Tiago Saad, e “Verdes são as Hortas”, por Daniela Barbosa.

Árias de Francisco António de Almeida, Gaetano Donizetti, Johann Strauss II, Jerónimo Francisco de Lima e Vincenzo Bellini, pelos diferentes laureados, completam o programa.

O projecto “Tetralogia operática sobre quatro constituições portuguesas” teve início em 2022 com apresentação da ópera “1822 – Mau tempo em Portugal”, de Eurico Carrapatoso com libreto de Miguel Jesus. Seguiram-se “1911 – A conspiração da igualdade”, de António Victorino d’Almeida, com libreto de Francisco Teixeira, em Novembro do ano passado, e “1976 – A evolução dos cravos”, de Vítor Rua, com libreto de Risoleta Pinto Pedro, apresentada em Abril último.

Jorge Salgueiro assina a direcção musical de todo o projecto.

”2030, A Nova Ordem” será a 10.ª criação operática da Companhia de Ópera de Setúbal e a quarta inspirada nas constituições portuguesas, encomendas pela Associação Setúbal Voz, com o apoio da Direcção-Geral das Artes, a vários autores.

A ópera estará em cena no Luísa Todi de 8 a 10 de Novembro, e no Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, em 14 de Dezembro. A encenação é de Sara Túbio e Jorge Salgueiro. Do elenco fazem parte Ana Filipa Leitão, Diogo Oliveira, Gonçalo Martins, Helena de Castro, Inês Constantino, João Merino e Mariana Chaves.

Em Guimarães a ópera será dirigida pelo maestro Fernando Marinho, com a Orquestra do Norte e o Coro Setúbal Voz.

A Associação Setúbal Voz é um projecto artístico fundado em 2016, focado no canto lírico, tanto na interpretação de repertório tradicional como em novas criações.

A associação conta com apoio financeiro da Direcção-Geral das Artes e trabalha em várias valências, tendo um coro, um ateliê de formação de cantores e a Companhia de Ópera de Setúbal, tudo isto numa cidade que é “terra natal da maior cantora lírica portuguesa de todos os tempos, Luísa Todi” (1753-1833), lê-se na página oficial.

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