25 Abril 2024, Quinta-feira
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AICCOPN estima crescimento a rondar os 6% em todos os segmentos da actividade

Maior associação empresarial, de âmbito nacional, representativa das mais diversas actividades que integram o sector da construção prevê ano de 2022 muito positivo

Luís Bandadas

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A associação tem assumido, de forma permanente, como principal objectivo, a promoção e desenvolvimento do sector e a defesa dos interesses dos seus Associados, sem nunca ceder em face das contrariedades decorrentes das conjunturas políticas que historicamente enfrentou, num esforço de antecipação das mutações futuras e de estruturação da sua actividade numa lógica de planeamento de médio e longo prazo.

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Com base nos dados que tem em posse Manuel Reis Campos, presidente da CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário e da AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas as estimativas, revelou a O SETUBALOENSE, apontam para um crescimento do valor bruto da produção do sector de 5,5% em 2022, com variações positivas em todos os segmentos de actividade. No segmento de construção de edifícios residenciais prevê-se que a taxa de variação real se situe nos 5,5%, em resultado da manutenção de factores positivos como um posicionamento competitivo do mercado imobiliário que tem sido caracterizado por uma elevada resiliência. No segmento dos edifícios não residenciais, o crescimento deverá situar-se em 1,7%. Quanto ao segmento da engenharia civil, este deverá ser o mais dinâmico em 2022, apontando-se para um crescimento homólogo de 7,5%.

Que análise faz ao actual momento que atravessa o sector do imobiliário e construção civil no nosso país?

Apesar da conjuntura que estamos a enfrentar, fortemente marcada pelo atual contexto de incerteza e de pressões inflacionistas que se iniciaram com a pandemia, mas foram profundamente agravadas pela eclosão da guerra na Ucrânia, o sector da Construção e do Imobiliário tem-se destacado pela resiliência e pela capacidade de manter uma trajectória globalmente positiva dos seus níveis de actividade que têm constituído um importante contributo para a economia nacional e que é essencial preservar. Os dois principais constrangimentos que as empresas apontam são a falta de mão de obra qualificada, existindo a necessidade de 80 mil trabalhadores no sector e a anómala subida dos preços das matérias-primas, da energia, incluindo os combustíveis, e dos materiais de construção. De acordo com o INE, o índice de custos de construção de habitação nova registou em Abril, um aumento de 14,3%, em termos homólogos, com a componente de materiais a crescer 20,5%. São factores externos à dinâmica da produção do sector que, como temos afirmado, não podem colocar em causa a retoma da economia e a concretização dos investimentos planeados e, como é público foi objecto de apresentação pela AICCOPN ao novo Governo um pacote de medidas extraordinárias que consideramos prioritárias para salvaguardar as empresas e a assegurar a concretização dos investimentos planeados e o Executivo respondeu de forma imediata às nossas pretensões, aprovando um decreto-lei que prevê a criação de um Regime Excecional de Revisão de Preços. Esta foi uma primeira resposta positiva e célere, mas que não se esgota aqui, e esperamos que sejam implementadas outras medidas essenciais que defendemos.

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Os resultados comparativamente com o período homólogo de 2021 são animadores ou, pelo contrário, preocupantes?

Actualmente, os principais indicadores de actividade apresentam uma evolução positiva, quando comparados com o período homólogo de 2021. Oconsumo de cimento no mercado nacional nos primeiros quatro meses de 2022 aumentou 3,8% em termos homólogos e o licenciamento de fogos em construções novas regista um crescimento de 2,7%, também, em termos homólogos. De igual modo, o Barómetro AICCOPN da Reabilitação Urbana, relativo a abril aponta para crescimentos de 2,8% na carteira de encomendas e de 0,7% no nível de actividade. Já no que diz respeito ao mercado das obras públicas, temos assistido a uma queda nestes primeiros meses de 2022, tanto nos volumes de concursos promovidos como de contratos celebrados, facto a que não é alheio o actual ciclo político e a falta de um Orçamento de Estado aprovado para 2022. No entanto, esperamos que esta situação se altere significativamente ao longo dos próximos meses, como está previsto pelo Governo neste OE que deverá entrar em vigor no início de Julho.

 Em termos comparativos, como se posiciona o público e o privado?

Ao nível do segmento das obras privadas, o mercado encontra-se em fase de consolidação com os principais indicadores a manterem uma trajectória positiva, como indiquei. Relativamente ao investimento público, o primeiro semestre apresenta uma quebra da actividade em termos homólogos, fruto do actual contexto macroeconómico marcado pelas tensões inflacionistas e pelo impacto da guerra na Ucrânia, bem como pela questão orçamental que referi, mas esperamos que haja uma franca recuperação ao longo dos próximos meses, tendo em consideração o volume de investimentos públicos previstos no PRR e no Portugal 2020 e cuja execução é imprescindível.

AICCOPN Dar resposta aos desafios dos novos tempos

Com sede no Porto, desde 1892, o enfoque no Associado era e continua a ser a pedra de toque diferenciadora do posicionamento institucional da AICCOPN, sendo essa a raiz da sua sustentabilidade, passada, actual e, sobretudo, futura. Esse esforço assume agora uma complexidade sem precedentes.

Com os serviços especializados prestados na sede, com uma oferta formativa ajustada às empresas, com a disponibilização de medicina e segurança no trabalho, com um Centro de Arbitragem direccionado para as especificidades do sector, com a descentralização geográfica apoiada nas suas oito Delegações Distritais, a AICCOPN é, mais do que nunca, uma estrutura moderna, capaz de dar resposta aos desafios dos novos tempos.

Melhoria contínua dos serviços prestados, defesa qualificada do sector, resposta às necessidades dos Associados e criação de novas oportunidades são os objetivos que assumimos alcançar.

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