Exposição do mais conhecido pintor setubalense da actualidade fica patente até Setembro
O pintor setubalense Rogério Chora inaugurou este sábado uma exposição de pintura com 46 dos seus quadros na Galeria Municipal do 11, no antigo Quartel do 11, que é complementado por diversos outros objectos pessoais do artista.
As obras, que estão catalogadas, estão disponíveis para venda, embora os valores só sejam revelados aos interessados. São todas relacionadas com as tradições e as paisagens sadinas, sobretudo ligadas ao mar e à pesca.
“Tenho-me dedicado aos temas da nossa terra. Setúbal é a minha terra. Tive propostas para me ausentar de Setúbal mas gostei de viver aqui”, disse o artista. Esta ligação à cidade, cimentada por várias gerações da família de Rogério Chora, coloca Setúbal no centro do seu trabalho artístico e dá nome a esta nova exposição: “Setúbal na obra de Rogério Chora”.
A mostra, que estará patente até Setembro, com entrada gratuita, foi inaugurada com a presença do presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, do vereador da Cultura, Pedro Pina e do presidente da União de Freguesias de Setúbal, Rui Canas.
O presidente da Câmara aproveitou para destacar “o empenho e o esforço” que o município tem feito para “possibilitar que a actividade cultural se desenvolva em Setúbal”. André Martins recordou que “há cerca de 10 anos” a cidade não tinha nenhuma galeria pública, para exposições e que hoje conta com vários espaços deste géneros, nomeadamente a Casa da Baia, a Galeria do 11, o Banco de Portugal e o Convento de Jesus.
“A cidade teve uma transformação muito grande, que não se deve só ao trabalho da Câmara Municipal mas a muita gente que gosta de Setúbal”, disse o autarca, que revelou a fasquia que coloca ao executivo municipal em matéria de condições culturais. “O nosso objectivo é manter o patamar e ir um pouco mais além”, disse André Martins.
Rogério Chora é o mais reconhecido pintor setubalense da actualidade e o único profissional.
O artista sadino, que fez a sua primeira exposição em Abril de 1962 – com destaque de capa n’ O SETUBALENSE – nasceu a 17 de Julho de 1941, no n.º 454 da Avenida Luísa Todi, e tem uma vastíssima obra que vai para além da pintura. É autor de esculturas, cartazes, logotipos, medalhas, troféus e outros objectos artísticos e já pintou Presidentes da República e outras individualidades, como autarcas. Ainda não pintou André Martins, fez questão de notar o próprio pintor.
A brochura produzida para a exposição, pela Câmara Municipal, foi organizada e escrita pelo jovem historiador setubalense Diogo Ferreira.
