26 Abril 2024, Sexta-feira
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Morreu o setubalense poeta e ex-bastonário da Ordem dos Advogados António Osório de Castro

Afirmou-se profissionalmente no exercício da advocacia. Destacou-se também como poeta publicando oito obras, e recebeu vários prémios

 

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Morreu o poeta e ex-bastonário da Ordem dos Advogados António Osório de Castro, aos 88 anos, na passada quinta-feira. Setubalense, nasceu a 1 de Agosto de 1933, era filho do notário Miguel Osório de Castro e de Giuseppina Maranca

Afirmou-se profissionalmente no exercício da advocacia, tendo-se formado em Julho de 1956 na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e inscrito como advogado a 3 de Outubro de 1958, foi eleito Bastonário da Ordem dos Advogados para o triénio 1984-1986. Dentro da Ordem, foi ainda Vogal do Conselho Distrital de Lisboa, Vogal do Conselho Geral, Vice-Presidente (1978-1980) e Vogal do Conselho Superior (1981-1983).

Destacou-se também como poeta, publicando oito obras, e recebeu vários prémios como o Prémio Literário Município de Lisboa (1982), o Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia (1991) e o Prémio Autores (2010).

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Era proprietário da Quinta das Baldrucas em Oleiros, Vila Nogueira de Azeitão.

Através de nota de pesar divulgada no site da Ordem, Luís Menezes Leitão, actual Bastonário, manifestou “o seu mais profundo pesar” pela morte do colega.” E juntamente com o Conselho Geral da instituição, apresentou “sentidas condolências à família”.

Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apresentou, na quinta-feira, “sentidas condolências à família do advogado e ex-bastonário António Osório de Castro, que usava como nome literário António Osório”. Na mesma mensagem publicada no site da Presidência da República, lembrou o poeta que “acreditou na harmonia das coisas e com as coisas, e na palavra como “libertação da peste”.

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Recordando que o advogado “nasceu numa família com um invulgar trajecto cultural e cívico, António Osório pertenceu à geração poética dos anos 50, esteve ligado a revistas como “Anteu” (1954), mas estreou-se em livro apenas em 1972, anunciando uma inflexão de claridade e empatia que teria notórias consequências na poesia dessa década. O título desse livro inicial, ‘A Raiz Afectuosa’, era aliás todo um programa”.

Marcelo Rebelo de Sousa apontou ainda António Osório de Castro como um poeta do amor e da família, da natureza, dos bichos, dos ofícios, minucioso, lírico, em diálogo constante com a poesia italiana, com a sabedoria oriental e com a pintura europeia. Escreveu ensaios, crónicas, memórias, poemas em prosa, aforismos, e dirigiu a revista de escritores juristas Foro das Letras”.

À família enlutada e amigos, O SETUBALENSE endereça sentidas condolências.

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