IPS lança pilares para ensino politécnico da região nos próximos 40 anos

IPS lança pilares para ensino politécnico da região nos próximos 40 anos

IPS lança pilares para ensino politécnico da região nos próximos 40 anos

Pedro Dominguinhos, presidente o Instituto Politécnico de Setúbal assume que a meta dos próximos 40 anos, na sociedade digital, será manter talentos na região com resposta de emprego adequado

 

A defesa de uma ligação cada vez mais forte entre o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) e o mercado de trabalho da região, enquanto estratégia para responder aos desafios do futuro da sociedade digital foram o mote do início do Congresso 40 Anos a Construir o Futuro. O evento prossegue hoje no Auditório Principal do IPS, na Escola Superior de Ciências Empresariais.

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Se ontem a abertura do congresso ficou a cargo de Pedro Dominguinhos, presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS); Paula Ferreira, presidente do Conselho Geral do IPS; Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal e de Inês Silva, presidente da Associação Académica do IPS.

Hoje, o destaque vai para personalidades como António Nóvoa, embaixador de Portugal na UNESCO e professor da Instituto de Educação da Universidade de Lisboa; ou Natividade Coelho e representar Setúbal, enquanto directora do Instituto de Segurança Social, Centro Distrital. Nos temas o destaque vai para o papel das instituições de ensino superior no desenvolvimento do conhecimentos e das regiões e contributo da educação para o desenvolvimento da sociedade.

 

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Mulheres a estudar mais do que homens. Porquê?

 

Ontem o painel de debate centrou-se ao redor de um tema principal: o ensino superior e os desafios da sociedade do futuro.

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Depois de quatro décadas a contribuir para o desenvolvimento da região e para a fixação de profissionais qualificados, Cláudia Sarrico, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, revelou números nacionais e internacionais essenciais para a colocação do IPS no futuro.

Também nos desafios do futuro foram colocadas questões como “O que nos dizem os números do ensino superior em Portugal?” e “O que precisamos fazer para manter talentos em Portugal e nas regiões onde fazem a sua formação no ensino superior?”.

Num país em que, a faixa dos 64 anos “apenas 6% tem formação superior”, face à média de “14% dos países da União Europeia de OCDE”, Cláudia Sarrico destaca, contudo, que, entre os 25 e os 34 anos “34% de população tem formação no ensino superior”. Uma expansão do ensino superior entre os mais jovens, “que tem continuado ao longo das décadas pós-revolução”. Mas um crescimento ainda aquém dos restantes países da EU.

Neste panorama tem ainda maior expressão, em Portugal, a frequência das mulheres no ensino superior, com 42%, face a 26% dos homens. “Algo que se repete em vários países da União Europeia e que precisamos avaliar”.

 

Maria das Dores Meira assume crescimento da região associado ao IPS

 

A importância de manter a ligação entre o ensino superior, comunidade e parceiros, como algo que tem sido, “desde sempre”, a máxima do IPS, foi defendida por Paula Ferreira, presidente do Conselho Geral do IPS. “Uma ligação estratégica, para os desafios de hoje e do futuro e resposta a muitas das questões abordadas neste congresso”.

Uma opinião partilhada por Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal. “Se há algo que podemos garantir sem encontrar oposição é que o IPS tem-se afirmado sem concorrência igual”.

Para a autarca, se há algo que o politécnico tem sabido fazer é “encontrar os mecanismos para crescer e ajudar a crescer a região”, sendo por isso, na sua perspectiva, “imperativo trazer para a região investimento que está a faltar, para captar o talento desenvolvido e trazido à região pelo IPS”.

Dores Meira vai mais longe, afirmando que, “nestas quatro décadas, o IPS construiu o futuro ao serviço do país formando gerações de técnicos altamente qualificados. Profissionais essenciais para as empresas locais e para a administração local”.

A autarca qualifica Setúbal como um pólo determinante para o país, com a fixação e algumas das suas principais empresas. Realidade onde se destaca a recuperação do desemprego, “tendo-se verificado em Julho o menor número de desempregados registados no Instituto de Emprego e Formação Profissional, face a períodos homólogos, desde 2004”. Número que significa que “o concelho não só recuperou da crise, como recuperou do desemprego, colocando-se num patamar inédito dos últimos 15 anos”.

Com esta realidade, Dores Meira defende “estamos aqui para preparar os próximos 40 anos”.

 

Pedro Dominguinhos espera novos 40 anos do IPS

 

A preparar os próximos 40 anos do IPS na região, o presidente do instituto, Pedro Dominguinhos reforçou “vamos continuar a colaborar com o município, a empresas e instituições da região”. No panorama para delinear as metas do futuro está o facto de “o ensino superior politécnico estar pelo 4º ano consecutivo a crescer”.

Uma afirmação do ensino que surge depois de anos de cortes durante a crise económica, durante os quais “o desinvestimento à frequência no ensino superior foi notório”, aponta o professor.

“Em 2013/2014 havia quem dissesse que tínhamos licenciados a mais, sobre uma óptica de que o ensino superior deveria ser apenas para alguns, quando este deve ser cada vez mais democratizado, para formar profissionais qualificados e um mercado competitivo, com talentos”.

Na passada segunda-feira a Direcção-   Geral de Estatísticas da Educação publicou os dados mais recentes sobre o ano lectivo de 2018/2019, com referência à subida de estudantes no ensino superior, pelo 4º ano consecutivo. Pedro Dominguinhos não os esqueceu na sua defesa, “395 mil estudantes, nos quais o ensino politécnico representa cerca de 116 mil estudantes. Um crescimento de 16%, numa década em que a primeira metade foi decrescimento do número de estudantes no ensino superior”.

Fotografia Alex Gaspar

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