Um século de Portugal:Ler o passado, organizar o presente, planear o futuro

Um século de Portugal:Ler o passado, organizar o presente, planear o futuro

Um século de Portugal:Ler o passado, organizar o presente, planear o futuro

23 Maio 2024, Quinta-feira
Nuno Soares

Destacamos o artigo de opinião de Adelino Soares (Vice-presidente, 2024) publicado recentemente no jornal (A Voz de Ermesinde), um olhar sobre o centenário de história associativa da Confederação Portuguesa das Coletividades.
A par de muitas iniciativas que estão a decorrer por todo o país, está em preparação o seu ponto mais alto, com o designado Congresso do Centenário, evento este a realizar a 25 de maio de 2024, em Setúbal.
São 100 anos de história, de luta pela valorização do Movimento Associativo Popular, de momentos de entrega, fantásticos, de aprendizagem, de participação, na edificação da cultura popular e não só, como um pilar fundamental na vida individual e coletiva. São 100 anos que permitiram ao movimento associativo, através da sua representação nacional, sair mais reforçada, contribuir para a melhoria e reforço de um potencial organizacional, capaz de maior intervenção na defesa de todos, junto do poder central e do poder local.
São 100 anos que nos transportam aos dias de hoje, a um período em que se desenvolve de forma mais organizada e estruturada, passos essenciais na afirmação da Confederação, Portuguesa das Coletividade de Cultura, Recreio e Desporto, através da valorização de experiências individuais e coletivas.
São 100 anos que evidenciam muitos mais do que os comemorados, dando azo ao sonho de milhares de homens e mulheres dirigentes associativos e de associados, que em milhares de coletividades de todo o país, passando de geração em geração, chegados aos dias de hoje, mostram o reconhecimento do seu empenho voluntário e benévolo!
São 100 anos, cujo percurso foi trabalhado com dinâmicas de construção orgânica, na procura permanente de agregação de Coletividades de todo o país, de defesa dos seus interesses e da sua identidade, para um futuro que nunca verá o seu fim.
Do roteiro, constante nos quadros da Exposição do Centenário que tem sido apresentado em todo o país, é evidente um longo trajeto da história associativa, que nos fez passar por 3 regimes políticos.
Assistimos à implantação da república em 5 de outubro de 1910, ao golpe de estado de 28 de maio de 1926 que instaurou a ditadura fascista, à revolução do 25 de Abril de 1974, a qual proporcionou a criação de milhares de associações, coletividades e clubes, criando outras dinâmicas de envolvimento popular.
Em 1993 acontece em Almada, o Congresso da Mudança, onde se criam Estruturas Associativas e no qual são lançados entendimentos e compromissos para a transformação da Federação Portuguesa de Coletividades de Cultura e Recreio, fundada em 31 de maio de 1924 em Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto com o contributo decisivo da Federação Distrital do Porto de Educação, Recreio e Desporto.
A 29 de maio de 2003, é consumada estatutariamente a transformação de FPCCR em CPCCRD.
O movimento associativo que é profundamente popular, que é voluntário e benévolo, que dependem das capacidades económicas dos cidadãos frequentadores das suas instalações, que responde a necessidades coletivas, sem cor, raça ou género, sempre soube resistir, apesar das dificuldades criadas pelo despovoamento e desertificação do interior do país!
Foi capaz de se afirmar e de se fortalecer como uma enorme força social composta por 35 mil coletividades, com mais de 400 mil dirigentes e centenas de milhares de associados.
Uma força onde a maioria da população, dirigentes, associados e/ou familiares participa, trabalhando ou usufruindo do trabalho associativo.

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