Transparência é outras das falhas dos novos transportes

Transparência é outras das falhas dos novos transportes

Transparência é outras das falhas dos novos transportes

15 Junho 2022, Quarta-feira
Francisco Alves Rito

Alsa Todi deve explicações às populações de cinco concelhos e a TML não responde às questões que vão surgindo tão depressa quanto seria desejável

 

Entre as várias falhas que já todos detectámos nos novos transportes, há uma que está a aumentar com o decurso do tempo. Cada dia que passa sem que a Alsa Todi – o novo operador da concessão da Área 4, que serve os concelhos de Setúbal, Palmela, Alcochete, Moita e Montijo – dê explicações, é um dia a mais a incumprir o seu dever, pelo menos moral, de manter informados os utentes, em particular, e as populações, em geral.

- PUB -

Passados 15 dias da entrada em vigor da operação desta transportadora, ainda não houve uma declaração pública, um comunicado ou uma entrevista, apesar dos persistentes pedidos por parte d’O SETUBALENSE. A comunidade continua sem saber, pela “boca” da Alsa Todi – de quem, aliás, não se conhece qualquer rosto – por que razão o arranque da actividade correu mal. O pouco que se sabe foi revelado por terceiros, nomeadamente os autarcas.

A falta de transparência estende-se, também, à própria Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML). Esta empresa fez um esforço de comunicação, é justo reconhecê-lo, mas não foi (é) suficiente. Continua a haver muitos aspectos deficitários. Por exemplo, não se sabe como acha a TML que está a correr a prestação do serviço agora (após o regresso aos horários antigos) ou quais são as sanções previstas em caso de incumprimento por parte dos operadores. Não há nenhuma razão para que essa informação contratual não seja pública, mas não é fornecida nem quando o jornal a pede.

Assim como não há resposta por parte da TML, em tempo útil, a questões práticas importantes que temos vindo a colocar ao longo do processo. Esta terça-feira, O SETUBALENSE teve conhecimento, de fonte segura, que estava em cima da mesa o adiamento do início da operação noutras lotes da Área Metropolitana de Lisboa. Questionada pelo jornal, a empresa não esclareceu. Valeu a informação que os autarcas conseguiram dar (ver página 3).

- PUB -

É compreensível que o ritmo a que as questões se colocam, e até a sua complexidade, não permita respostas imediatas, mas o permanente silêncio, que parece ter sido adoptado nos últimos dias, em nada ajuda.

A transparência não resolve tudo, mas ajuda à compreensão por parte dos cidadãos e, sobretudo, é um dever dos responsáveis e entidades públicas. Ainda mais quando o serviço falha.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -