Sinais de esperança

Sinais de esperança

Sinais de esperança

, Ex-bancário, Corroios
7 Maio 2024, Terça-feira
Francisco Ramalho

Neste mundo onde o cinismo, a hipocrisia e a crueldade, atingiram níveis impensáveis com a carnificina em curso na Faixa de Gaza, onde as mortes registadas e as ainda não identificadas, debaixo de escombros ou noutras dramáticas situações, já atingiram cerca de 40 mil pessoas. A maioria, mulheres e crianças, com tantas provocadas por situações absolutamente horrorosas, como bebés que morrem mal acabam de nascer porque as mães, devido à fome, não têm leite para os amamentar ou outro tipo de alimento.
Onde ainda crianças e adultos, morrem também literalmente à fome, à sede, ou por falta de assistência médica. Onde se destroem milhares de habitações e são encontradas valas comuns com centenas de cadáveres e onde tudo isto e muito mais, ao país responsável diretamente por estes monstruosos crimes, além de não ser sancionado, ainda é apoiado militar, política e diplomaticamente pelos EUA com a conivência, a subserviência, sobretudo da UE.
Neste mundo, onde continua a ser apoiada a guerra provocada na Ucrânia pelos mesmos responsáveis que apoiam o genocídio em Gaza. E na Cisjordânia! Através de milícias dos fazendeiros israelitas. Neste mundo, dizíamos, onde se mantém outras guerras. Destacámos estas, devido à total desumanidade da primeira e por serem talvez as mais perigosas para a paz mundial.
Neste mundo, onde, entre nós, felizmente, temos paz, mas temos também situações lamentáveis e preocupantes com injustiças que prevalecem. Com uma minoria, os principais acionistas de grupos económicos, a arrecadarem lucros astronómicos enquanto tantos trabalhadores e reformados apertam cada vez mais o cinto.
Onde, sobretudo os que não podem recorrer à medicina privada, continuam a ter uma assistência médica deficiente porque uma parte substancial do financiamento ao SNS vai para agentes da saúde privada.
Neste país onde a desilusão e a descrença, desaguam na demagogia, no populismo, no racismo. Enfim, neste país e neste mundo tão perigoso, as grandiosas manifestações do 25 de Abril e do 1.º de Maio, sobretudo a primeira com centenas de milhar de pessoas na Avenida da Liberdade, são motivos de esperança. Como também o são, os protestos em diversas universidades dos EUA.
Estas duas datas maiores, a primeira da nossa história recente que nos trouxe a liberdade, a democracia e o fim da guerra colonial, e a segunda, da história dos trabalhadores de todo o mundo.
Duas datas que são marcos históricos da caminhada dos povos rumo à justiça social e à paz.
Claro que essa caminhada continua a ter grandes escolhos. O capitalismo continua forte e dominante. Continua exercendo a sua ação exploradora, continua manipulando e condicionando os povos através da sua gigantesca máquina mediática, e recorrendo à guerra para tentar exercer o seu domínio global. Destacando-se o imperialismo norte-americano e os seus aliados/subordinados. Mas, os impérios, como é da história, depois da ascensão e do apogeu, é a queda. E este, não será exceção. Os indícios, provam-no.

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