11 Agosto 2024, Domingo

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Ser ou não ser, senhor presidente?

Ser ou não ser, senhor presidente?

Ser ou não ser, senhor presidente?

17 Maio 2019, Sexta-feira
João Merino
João Merino
Deputado Municipal e Presidente do CDS-PP Montijo

Depois de 50 anos de negociações, indefinições, estudos e projectos, eis-nos chegados a 2019.  Ano da assinatura de um contracto que chega com 6 anos de atraso, com supressões de voos, com a companhia Aérea nacional a vencer o prémio da companhia com mais atrasos da europa e depois da sua renacionalização, de regresso à normalidade dos prejuízos. Preocupante.

 

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Mais ainda, com o arrastar deste clima de incerteza sobre a construção do Aeroporto Complementar da Portela no Montijo, denunciado pela ocultação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), o que está a ter um enorme impacto negativo, não só no estrangulamento do fluxo turístico na Área Metropolitana de Lisboa, mas também no desenvolvimento de uma verdadeira e real bolha imobiliária que tanto estão a sentir os jovens e novas famílias nos concelhos de Montijo, Alcochete, Moita, entre outros, e que pode ter consequências graves num curto espaço de tempo.

 

Não nos parece aceitável, a estagnação que sofre a região norte da Península de Setúbal, refém do evidente calendário eleitoral do PS, que condena autarquias como a de Montijo, que há anos não fazem investimento estratégico em infraestructuras que permitam o verdadeiro desenvolvimento económico, continuando à espera dos milhões milagrosos e das contrapartidas que o novo aeroporto vai trazer e que tudo vão resolver.

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Sendo o Turismo actualmente, o nosso mais valioso recurso natural (o nosso petróleo) e sendo um sector ainda em expansão, mas que está há muito tempo a sofrer com o deficit aeroportuário em Lisboa, será que a nova intenção do Governo, é estrangular a procura e a paciência dos operadores turísticos internacionais (de forma a deixarem de recomendar Portugal como destino de eleição) e aniquilar o desenvolvimento do hub Lisboa prescindindo de 40% de tráfego de transferência (em direta concorrência com Madrid), de forma a que o aeroporto da Portela volte a ser capaz de assumir todo o fluxo turístico, e já não seja necessário ,por parte da Vinci, o investimento e a construção de um aeroporto complementar no Montijo?

 

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Será que Governo ingenuamente se deixou enganar pela Vinci, autorizando todas as obras de alargamento na Portela, há muito reclamadas, sem ter garantido sequer, a contabilização das obras de mitigação de impacto ambiental no Montijo, anunciada pelo ex-ministro Pedro Marques como fundamentais para o inicio das obras na BA6?

 

É ou não verdade que foram dadas instruções para o encerramento de contas e cancelamento dos projectos arquitetónicos do novo terminal no Montijo? E o que ouvimos da parte do sr. Presidente da Câmara de Montijo relativamente a este assunto?

Do autarca que fez o último mandato e toda uma campanha para as autárquicas assente nas vantagens da vinda do novo aeroporto, com todo o desenvolvimento a ele associado, os milhões de obras em infraestructuras que seriam feitas no concelho e que tudo o que em 20 anos não foi feito e o atraso a que os montijenses foram forçados, se resolveriam agora de uma assentada.

 

O que se ouve da boca do senhor presidente Nuno Canta? Só e apenas um ruidoso silêncio! Procurando justificar com a iniciativa dos privados, a falta de investimentos da câmara municipal em infraestructuras públicas.

 

Bem diziam os adversários políticos do actual poder autárquico de Montijo, quando questionados sobre o Aeroporto: “Não sendo um projecto dependente das vontades da autarquia, será melhor ter um projecto próprio de desenvolvimento para o futuro do Montijo, não estando á espera do Governo Central para fazer o trabalho que só a nós compete”.

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