9 Agosto 2024, Sexta-feira

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Rejeitar as falsificações históricas sobre a Revolução de Abril

Rejeitar as falsificações históricas sobre a Revolução de Abril

Rejeitar as falsificações históricas sobre a Revolução de Abril

24 Abril 2023, Segunda-feira
Nuno Costa

No próximo ano a nossa Revolução de Abril comemora o seu quinquagésimo aniversário.

Tendo em conta a conjuntura que vivemos hoje, em que grassa o populismo, a desinformação, a tentativa de branqueamento da nossa história, um momento em que assistimos ao recrudescimento da extrema-direita e ao revisionismo histórico relativamente ao período do 25 de Abril, é o momento ideal para todos os democratas tomarem nas suas mãos uma campanha, com vista ao esclarecimento e à informação, mas, sobretudo, à defesa da nossa democracia.

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Comemorar Abril hoje exige que se reafirme o que a Revolução representa e significa enquanto processo libertador, com profundas transformações na sociedade portuguesa, e um dos mais altos momentos da vida e da história do povo português e de Portugal.

É imperativo que não se deixe submergir o que a Revolução foi e representou na avalanche interpretativa dos que lhe negam a sua natureza, alcance e características ímpares. Celebrar Abril é evidenciar o que foi o fascismo e combater o seu branqueamento e é destacar a luta antifascista, pela liberdade e a democracia.

Celebrar Abril é assinalar o seu sentido transformador e revolucionário, afirmar o caminho que o tornou possível e rejeitar as perversões e falsificações históricas.

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Por mais que reescrevam, Abril foi uma revolução, não uma “evolução” ou “transição” entre regimes, um momento e um processo de ruptura com o regime fascista, o derrube do fascismo e do que o suportava.

Abril foi possível porque foi fruto de uma longa resistência antifascista, de uma abnegada dedicação à luta pela democracia e liberdade de muitos democratas e de uma intensa luta de massas da classe operária e do povo português.

Abril foi e é um processo libertador, desde logo ao desmantelar e substituir os centros de poder em que a força e a acção do passado fascista assentavam.

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Foi pela acção revolucionária e transformadora das populações que o aparelho fascista de administração local foi substituído por órgãos de poder provisórios, legitimados pelas populações, e, consequentemente, se desenhou um poder autónomo novo que veio a merecer consagração na Constituição da República.

Viva o 25 de Abril!

Viva a nossa democracia!

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