Recordar é viver: Teatro Luísa Todi

Recordar é viver: Teatro Luísa Todi

Recordar é viver: Teatro Luísa Todi

16 Fevereiro 2021, Terça-feira
Custódio Pinto

No dia 7 de junho de 1928 realizou-se uma belíssima noite cultural de homenagem ao asilo Acácio Barradas e em que tomou parte o distinto “Orfeão Cetóbriga” dirigido pelo Dr. Rocha Pinto. A iniciativa apresentava o seguinte programa que ainda possuo e que abaixo passo a recordar.

“Conferência pelo ilustre crítico de teatro Nogueira de Brito:
1.ª Parte
I – Hino do Orfeão
II – “Ich legle micham Aben” Orieg
III – Serenata Schubert
IV – Pátria Celeste, Rossini
V – Saudades, Rocha Pinto
VI – “Aquela moça” a pedido (arranjo para Orfeão R.P.), Freitas Branco (solista madame Maria Luísa Trindade)
VII – Moleto, Michelot
VIII – Berceuse (arranjo para Orfeão R.P. Gretschaminof)
IX – Cigano (arranjo para Orfeão R.P.), Dupynamba
X – Rataplan – a pedido, Verdi (solistas madame Adelina Álvaro e Maria Dias)

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2.ª Parte
A peça em 1 ato do primoroso escritor Júlio Dantas “O Primeiro Beijo”.
Distribuição: Morgada, D. Isménia Costa Morgado, Gilde Goes, Frei Guardião, N.N., dois frades franciscanos, dois criados de cadeirinha – Século XVIII, guarda roupa de Álvaro Costa, Cabeleiras de Victor Manuel.
3.ª Parte

I – Dança Fragoso (solo de piano por Madame Maria Helena da Severa)
II – Meditation de nuit, Schubert (canto por madame Maria Amélia Trindade, acompanhada do piano por madame Maria Luísa Trindade)
III – Sons cóleos, J. Thomaz; Mazurka, Ruy Coelho; Patrulha espanhola, Tedeschy (solos de harpa por madame Cecília Borba); Fausto, “Deponiam II Brando”; Gounod – Madame Buterfly; coro de marinheiros, Puccini; Canção dos moinhos, António Eduardo; Ernani, coro de abertura; Verdi (coros e orquestra).”

Nos intervalos, concertos pela orquestra do teatro sob a direção do distinto violinista setubalense sr. Armando Gomes, montagem cénica do mestre Afonso Silva, efeitos de luz por Cesário Barros.

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Assim recordo um dos muitos espetáculos culturais que se realizaram em Setúbal há 90 anos. Ainda me lembro de que em Lisboa, aquando da preparação da estreia de qualquer teatro, por vezes vinham primeiro a Setúbal, porque os setubalenses eram muito exigentes no teatro e se na estreia em Setúbal obtivessem êxito o diretor da peça ficava radiante. E, ao contrário, se não fosse do agrado dos setubalenses, o diretor temia pelo futuro da sua obra teatral.

Viva Setúbal

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