9 Agosto 2024, Sexta-feira

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Recordar é viver: Recordando algumas das histórias e memórias da minha juventude em Setúbal

Recordar é viver: Recordando algumas das histórias e memórias da minha juventude em Setúbal

Recordar é viver: Recordando algumas das histórias e memórias da minha juventude em Setúbal

9 Julho 2024, Terça-feira
Custódio Pinto

Uma das minhas memórias da juventude em Setúbal, é do Matadouro Municipal, que depois foi a Transportadora Setubalense de João Cândido Belo & Filhos (os proprietários eram os irmãos João António e José Belo de Azeitão).
Recordo uma das histórias do matadouro. Quando os curiosos sabiam que, durante a noite, o gado vinha para o matadouro era um autêntico espectáculo e os donos dos animais ficavam aflitos para conseguir a entrada do gado no espaço. A polícia já estava avisada, mas mesmo assim era difícil controlar os curiosos. Enfim, coisas caricatas do passado e da minha juventude.
A célebre fonte na Praça de Bocage e o Tanque nas traseiras, com água para os animais, em frente do edifício da Câmara Municipal de Setúbal, no Verão era uma alegria as brincadeiras na água e na quadra do Carnaval o enchimento das bisnagas para as brincadeiras carnavalescas. Mais tarde a fonte foi desmontada e levada para a Praça Teófilo Braga, onde hoje está, junto ao antigo quartel que foi dos Bombeiros Voluntários de Setúbal.
O mercado da lota do peixe e respectivos armazéns, junto da fábrica de conservas de peixe “Silvas”; “Os Toqui Nós”, a oficina do Regalado e do Ribeiro das Chaves, uma grande taberna, mais tarde, no terreno da lota, foi construído o edifício do Tribunal Judicial. Depois da lota foi construída uma cooperativa, a “Pluricoop” e hoje é um restaurante chinês.
Entretanto, foi construído um edifício próprio para a lota, que actualmente é o mercado do Rio Azul, junto à doca dos pescadores.
Também me recordo do grande tanque municipal para lavar a roupa, na Algodeia, hoje uma estação de serviços, próximo do jardim do Bonfim e do estádio do Vitória Futebol Clube.
Da minha juventude, lembro-me também da música no coreto na Avenida Luísa Todi, salvo erro era às quintas feiras e aos domingos. E da oficina do Jordão, que é hoje a sapataria “O Guimarães”, que alugava as cadeiras de ferro.
recordo ainda o tradicional recolher ao fim do dia, com a fanfarra do Regimento do Quartel do 11. Era um espetáculo, o desfile na Av. Luísa Todi, próximo do quartel.
Tudo isto é recordar e viver, algumas das histórias e memórias da minha mocidade, da cidade do Rio Azul, com uma das mais belas baias do mundo.
Recordar é viver, porque a vida é feita de Recordações.

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