Finalmente temos todos os candidatos na grelha de partida. Marcelo, foi o último a chegar. Como os últimos podem ser os primeiros, será mesmo o caso. A dúvida, reside se será logo à primeira volta. Portanto, para os próximos 6 anos, tudo como dantes, quartel general em Belém.
Como diz o outro, do mal o menos.
Sim, porque a melhor hipótese, a possibilidade de uma efetiva e positiva mudança, infelizmente, é mais que remota. A mediática vacina anti-comunista administrada anos e anos, é de largo, larguíssimo, espectro. E constantemente atualizada. Mesmo assim, votar no candidato da oposição, apesar da sua juventude (42 anos), mas já como uma sólida experiência e preparação, é reforçar essa mesma mais real e consequente oposição. Portanto, votar em João Ferreira, é votar contra o sistema responsável por este nosso Portugal, que amamos, ser tão assimétrico e injusto.
Depois temos os outros sete candidatos. A “enfant” terrible, Ana Gomes. Terrible, qb ! Criticar a corrupção e alguns figurões, fica sempre bem. Bulir no sistema, está quieta! Cá e no plano internacional! Neste caso, limita-se a criticar apenas os que não se subordinam, fazem sombra, ou se opõem mesmo à auto-denominada Comunidade Internacional, que é um eufemismo para designar o imperialismo norte-americano, seus aliados/vassalos e a NATO. Os pretendentes a capatazes do mundo e guardiões-mor do capitalismo.
A seguir, a social-democrata, Marisa Matias. Foi ela que assim se definiu em recente entrevista televisiva: “ Sou uma social-democrata, mas não na mesma graduação que Marcelo ou Costa”. Duvidamos da graduação, mas fez bem esclarecer. É claro que, como é habitual no seu partido (BE), aproveitou para navegar a oportunista crista da onda, e pescar votos nessa área político-ideológica. Depois temos o André(Ventura). O dissidente do PSD que rumou até à extrema direita, para tentar capitalizar o descontentamento popular com a prática política dos governos do seu antigo partido e do PS com ou sem CDS. Afirma-se contra o sistema, mas se alguma vez fosse poder, agravava ainda mais essa prática política, a favor da minoria privilegiada e exploradora.
O atual líder do PRD, Bruno Fialho, o homem que semeou ilusões na cabeça dos motoristas, procurou protagonismo pessoal ao liderar a prolongada e tristemente famosa greve, o homem que substitui na liderança do seu partido outro demagogo, Marinho Pinto, também é candidato. Também o são, Paulo Alves e Tiago Mayan. Não sabem quem são? Também não se perdia nada, continuarem quase desconhecidos. Mas sempre vos digo que o primeiro foi membro da Assembleia Municipal de Felgueiras e candidato vencido à respetiva Câmara. O segundo, outro dissidente do PSD e um dos fundadores do LIVRE, onde, até ver, permanece. E por último, para dar um ar folclórico à coisa, temos o repetente e inofensivo Tino de Rans.
E pronto! Aqui fica a nossa sintética análise dos candidatos ao cargo de Supremo Magistrado da Nação, e respetiva previsão em relação ao vencedor.
