Na passada semana o Governo esteve em Setúbal e ao assinalar um ano de maioria absoluta, anunciou enormes investimentos e importantes medidas potenciadoras da economia da região e de mais e melhores serviços públicos como resposta a problemas estruturais. Ora, na vaga de boas notícias, a que alguns embora protestando com vergonha escondida não quiseram ficar fora da fotografia da praxe, eis que impera fazer um balanço do caminho iniciado em finais de 2015. E que melhor forma de o fazer se não comparando de forma objetiva a realidade vivenciada em 2015 com a atual. Factos são factos e por muito que possamos exigir mais e melhor, é inegável o caminho assertivo que juntos trilhámos até aqui. Um caminho em que primeiro a pandemia, depois uma inesperada crise política e agora a Guerra na Ucrânia, a que alguns teimam em apelidar de mera intervenção militar, obrigaram o Governo a responder com medidas de apoio às famílias, aos trabalhadores e às empresas. É inegável, que contrariamente à ação do Governo de Passos Coelho em 2012, o combate à crise é agora consubstanciado em medidas de solidariedade e não de austeridade. Mas vamos a factos. Em 2015 o horário na administração pública era de 40 horas, os vencimentos estavam cortados, os subsídios de férias e Natal sonegados e as carreiras congeladas. Hoje, o horário na administração pública é de 35 horas, os vencimentos foram aumentados, os subsídios de férias e Natal são pagos e as carreiras estão descongeladas. Em 2015 um trabalhador a viver em Setúbal e a trabalhar em Lisboa pagava mais de 100 euros para se deslocar para o seu posto de trabalho. Hoje, esse mesmo trabalhador paga 40 euros de passe e a par do novo enquadramento do regime do teletrabalho, vê refletido no seu orçamento familiar uma brutal redução de despesa com deslocação e uma incomparável conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal. Em 2015 os manuais escolares eram pagos e as creches representavam um enorme encargo para os pais. Hoje os manuais escolares são gratuitos, todos os alunos têm direito a um portátil e acesso à internet, sendo que o programa das creches gratuitas está em curso, abrangendo já mais de 47 mil crianças. Em 2015 o Salário Mínimo Nacional era de 505 euros, hoje é de 760 euros, tendo o Governo por objetivo que o salário mínimo atinja 900 euros em 2026. Em 2015 o amianto nas escolas era um perigo identificado para a saúde pública da comunidade escolar. Hoje as escolas estão livres de amianto por força de um investimento superior a 78,7 milhões de euros na remoção do amianto no âmbito do Programa Nacional para a Remoção de Amianto em Escolas Públicas. Em 2015 os problemas de requalificação do Hospital de São Bernardo e da construção dos Centros de Saúde de Azeitão, Bairro do Liceu e Nossa Senhora da Conceição estavam identificados, mas não saiam da gaveta. Hoje, numa clara aposta de valorização do SNS, as obras de ampliação do Hospital de São Bernardo estão em curso, o novo Centro de Saúde de Azeitão está quase a ser inaugurado e os outros dois processos referentes aos centros de saúde na cidade de Setúbal estão em bom andamento numa ação concertada entre a administração central e o poder local. Em 2015 os reformados tinham as suas pensões congeladas, hoje as pensões, tiveram um aumento como nunca tiveram neste século e, em 2024, cá estaremos para continuar a política seguida desde 2016. A verdade, porque os dados assim o comprovam, é que as pensões tiveram aumentos em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021, 2022, 2023 e vão voltar a ter em 2024. O aumento das pensões, que estavam congeladas por força da austeridade imposta aos portugueses pela direita de Passos Coelho e Paulo Portas, provocou um aumento de rendimentos de 14%. Em suma, contra essa austeridade, em janeiro de 2024, nenhum pensionista receberá menos do que recebeu em dezembro de 2023, havendo um novo aumento. Melhorar o rendimento das famílias e proteger as pessoas, potenciar o nosso tecido empresarial e valorizar os serviços de públicos de qualidade e para todos, continuará a ser prioridade do Governo liderado por António Costa. Hoje, como ontem, podemos e devemos exigir ainda mais, mas o caminho trilhado desde 2015 tem sido assertivo e deve ser densificado nas respostas a problemas estruturais que se arrastam no tempo e aos enormes desafios que se avizinham.05