“Mil edições representam um momento emblemático na maioria dos projetos, mas, quando falamos da edição de um órgão de imprensa regional, haverá, sobretudo, que reconhecer e celebrar o seu inestimável contributo para o conhecimento, o enraizamento e a preservação das identidades regionais e locais e para a divulgação de uma informação de proximidade.”
Pedro Adão e Silva, Ministro da Cultura
Neste mês de Janeiro deste ano de 2023 comemora-se a milésima edição do nosso distinto e centenário jornal O SETUBALENSE.
Ao longo dos sucessivos anos, O SETUBALENSE tornou-se muito mais que um simples jornal; para além de constituir uma referência informativa, tornou-se, com o passar das sucessivas décadas, uma companhia e uma referência afectiva para todos nós, setubalenses.
Quando utilizo a expressão “nós, setubalenses”, refiro-me naturalmente a todos aqueles que gostam da nossa cidade e Concelho, independemente do respectivo local de origem.
Meu Pai, sendo italiano, era também ele um setubalense. Sempre nutriu por Setúbal um carinho muito especial.
O meu avô Carlos, alentejano de Vila Viçosa, era um setubalense e um vitoriano indefectível.
«O Setubalense» foi o primeiro jornal que se editou em Setúbal e um dos mais antigos do país. A sua circulação é muito anterior à dos grandes diários de Lisboa, como o «Diário de Noticias» e o «O Século».
A sua primeira edição foi publicada a 1 de Julho de 1855, perfazendo actualmente a respeitável idade de 168 anos, sendo o seu fundador João Carlos de Almeida Carvalho.
Ao longo da sua centenária vida, «O Setubalense» procurou defender os interesses da cidade e da região de Setúbal. Foi semanário, diário e trissemanário.
No meu caso concreto, desde que me conheço, fui sempre um assíduo leitor do jornal O SETUBALENSE. Em minha casa, quando era miúdo, foi sempre presença diária e a quem eu devo também a consolidação do meu português (escrito e falado).
Mais tarde, já adulto, nunca dispensei, nem dispenso a sua leitura, antes três vezes por semana; agora diariamente, em formato de papel e digital.
Desde 2007, tenho tido a honra e o privilégio de ser seu colaborador, assinando este espaço de opinião semanal intitulado “Pensar Setúbal”, normalmente sobre assuntos e temáticas de natureza local, bem como outras temáticas, nomeadamente de natureza política.
Em Agosto de 2018, ocorreu a fusão do O SETUBALENSE com o «Diário da Região», tendo sido escolhido Francisco Alves Rito como seu director.
Com Francisco Alves Rito, o jornal deu um salto inequívoco de qualidade, em todos os aspectos; directos e colaterais. Existe toda uma nova dinâmica e cedo se percebeu que vinha imbuído de uma nova atitude que perdura, o que se constata com muito agrado e satisfação.
Com a fusão, O SETUBALENSE, passou de trissemanário a jornal diário.
O SETUBALENSE assume-se como uma referência incontornável do jornalismo local e regional.
Pela nossa parte, relativamente a todos os que desenvolvem a sua actividade neste jornal, tentaremos estar à altura dos pergaminhos que esta respeitável instituição nos deve merecer a todos, procurando promover um jornalismo sério, responsável, sóbrio, frontal e directo.
Se o conseguimos ou não, a última palavra caberá sempre, e em última análise, aos leitores habituais de O SETUBALENSE.
1000 edições. Grande Categoria!