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Pandemias

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, Ex-bancário, Corroios
27 Outubro 2020, Terça-feira
Francisco Ramalho

O fanatismo islâmico voltou a atacar no coração da Europa. Um professor de história e geografia, foi assassinado, decapitado, em Paris, por defender perante os seus alunos, a liberdade de expressão e ter feito referência ao ataque terrorista, perpetrado também por fanáticos islâmicos, contra a redação do semanário satírico, Charlie Ebdo.

A maior expressão deste fanatismo, foi atingida com o auto-denominado Estado Islâmico, que cometeu as maiores atrocidades, dos tempos modernos, em nome de Deus. Mas, apesar de toda a guerra que lhe foi movida, como se constata, qual hidra peçonhenta e letal, sabia-se e agora é mais uma confirmação, não foi erradicado. Longe disso! Aliás, nunca deixou de estar ativo na África sub-sariana. Por exemplo, com as milícias Al-Shabaad (um ramo da Al-qaeda), na província de Cabo Delgado em Moçambique, onde tem semeado o terror e a morte. Mesmo com muito maior expressão do que no coração da Europa. Infelizmente, com muito menor divulgação mediática, por se situar no coração… de África.

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Parece incrível, como a religião pode levar a tais extremos. Seres humanos, cometerem tão hediondos crimes em nome de Deus. Que paradoxo! Tenha Ele a designação que tiver, é concebível um deus mau e vingativo? Não deveria ser só amor e perfeição?
Dito isto sobre o fanatismo de fações mais extremistas do islamismo, convém lembrar o que por vezes, parece esquecido; é que este fenómeno, esta aberração, mais concretamente, o obscurantismo e não só, como adiante se verá, também afeta fações, seitas, do cristianismo. Afeta e de que maneira! A ponto de contribuir para a eleição de presidentes de países tão relevantes como os EUA ou o Brasil. Neste último, a sua contribuição, como se sabe, foi mesmo decisiva. E aqui na Europa, em Portugal, por exemplo, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), não é já detentora de um tão apreciável património imobiliário e de estações de rádio e televisão? A IURD, a Igreja Maná e outras seitas ditas cristãs, não têm horas e horas de tempo de antena em quase tudo o que é rádio local? Não prometem o céu e a cura para todos os males? Os psicologicamente mais fragilizados e incautos, não caem na esparrela e não pagam o dízimo?

Mas, como acima dizíamos, a sua propaganda e influência não se limita, o que já seria muito, a prometerem tudo e mais alguma coisa e ao obscurantismo. Mesmo perante a morte, quando se recusa uma transfusão de sangue, o que é isso? Mais grave ainda; quando essa prática inclui descendentes menores, inocentes crianças, como classificar? Baseadas na sua interpretação da Bíblia, não é esta a prática das Testemunhas de Jeová? Feliz e justamente, no caso dos menores, a Lei sobrepõe-se e impede.

Portanto, não precisamos recuar ao tempo das Cruzadas ou da Inquisição.

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O fanatismo e o obscurantismo religiosos, são uma autêntica pandemia. Pior ainda que as de origem viral. Estas, podem desaparecer, ter cura ou vacina. Aquela, é incurável. Mas, até como prevenção, deve ser denunciada.

 

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