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O regabofe do preço dos combustíveis

O regabofe do preço dos combustíveis

O regabofe do preço dos combustíveis

13 Outubro 2021, Quarta-feira
José Luís Ferreira

O Governo apresentou recentemente na Assembleia da República uma proposta, através da qual pretende criar a possibilidade de fixação de margens máximas de comercialização para os combustíveis simples.

De facto, como todos sentimos e como o próprio Governo reconhece, a diminuição da procura de produtos petrolíferos no mercado mundial, provocou uma quebra abrupta da sua cotação no mercado e, consequentemente, dos preços de referência no nosso País.

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Sucede que, ao contrário do que se verifica sempre que há uma subida da cotação no mercado dos produtos petrolíferos, onde os portugueses, de forma quase automática e instantânea se veem obrigados a pagar mais pelos combustíveis, desta vez, e das outras, aliás, em situações semelhantes, a quebra abrupta da sua cotação no mercado, não se fez sentir no bolso dos portugueses.

Ou seja, a regra só funciona quando é para pagar mais, quando é para o preço baixar, a coisa não funciona.

Ora, a nosso ver, esta situação é absolutamente inadmissível e exige a consagração de mecanismos legais que impeçam estes abusos verdadeiramente imorais e intoleráveis por parte das petrolíferas e outras grandes empresas envolvidas.

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E, portanto, na perspetiva dos Verdes, o que se impõe, antes de mais, é criar instrumentos adequados, que se mostrem capazes de evitar o aumento dos preços especulativos dos combustíveis, que tanto tem penalizado as famílias, mas também as empresas, sobretudo as Micro, pequenas e médias, que, umas e outras, já suportam a fatura de combustível mais alta da europa.

Com efeito, os preços especulativos dos combustíveis, provocam consequências muito negativas nos contribuintes e a dois níveis, ou em dose dupla.

Por um lado, porque os contribuintes pagam mais pelo combustível cada vez que abastecem, e por outro, porque acabam por suportar a inflação que os bens de consumo sofrem devido ao aumento dos custos de produção, já que esse aumento acaba por se refletir sempre no consumidor final.

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Mas consequências também na frágil saúde das nossas empresas, sobretudo das pequenas, uma vez que as empresas são confrontadas com mais dificuldades para poder competir com os fornecedores das importações, o que naturalmente penaliza a nossa produção, a produção nacional, e consequentemente a economia do País.

E perante a proposta que o Governo, resta-nos dizer que se o Governo considera que esse é o instrumento adequado para evitar a escalda dos preços especulativos dos combustíveis; se o Governo considera que este é o instrumento adequado para impedir situações como a que vivemos atualmente e que têm contribuído para inflacionar os custos de produção dos nossos produtos, com graves prejuízos para a nossa economia, para as empresas e para as famílias, Os Verdes deram o benefício da dúvida ao Governo, mas estaremos atentos e vamos esperar que o Governo saiba utilizar devidamente esse instrumento, que faça bom uso do mecanismo que nos propõe, para acabar com este regabofe. Sem medos, como foi referido pelo PS.

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