Portugal nunca atingirá os padrões de desenvolvimento dos países europeus, que se encontram na carruagem da frente, se mantiver os actuais níveis de corrupção na estrutura do estado e partidos políticos.
Ao longo das últimas décadas a corrupção moral com destaque para o clientelismo, compadrio e amiguismo corromperam o País político e o Estado.
A desresponsabilização e a inconsequência dos actos lesivos para o orçamento e o interesse público agravaram este estado de coisas em resultado de uma justiça penal incapaz de punir os responsáveis.
Reiteradamente elegemos políticos altamente suspeitos e de credibilidade duvidosa e que mercantilizam os seus cargos em proveito próprio ou de interesse obscuros. Ser corrupto ou moralmente indigente não é em Portugal um factor de exclusão na ocupação de cargos públicos e políticos.
Parte significativa dos portugueses convive bem com a corrupção moral, frases como: “é ladrão mas faz” ou “são todos iguais” alimentam este pântano. A maioria do aparelho do Estado, dos reguladores, da comunicação social, das associações empresarias, das instituições da sociedade civil, das autarquias e dos órgãos de soberania são controlados directa ou indirectamente pelo Partido Socialista.
O País é o Estado e o Estado é o Partido Socialista. Em consequência de tudo isto e de políticas e gestão erradas somos ultrapassados por grande parte dos países do antigo bloco de leste o último dos quais a Roménia.
A herança do socialismo clientelar é pesada com cada vez mais pobreza, impostos altos, maus serviços públicos, muita dívida pública e salários baixos.
O socialismo clientelar é a grande doença de Portugal que se assemelha a um cancro que nos consome dia-a-dia, hipotecando várias gerações e que coloca em causa muitas das conquistas socias e económicas alcançadas no pós-25 de Abril.
Esperemos que as novas gerações tenham a lucidez e a coragem de romper com o estado a que isto chegou. Vereador do Partido Social Democrata na Câmara Municipal do Montijo