O documentário “Uma questão de criatividade”, do neurocientista David Eagleman, mostra-nos como podemos dar asas ao nosso processo criativo e como podemos transformar as nossas vidas para melhor.
A criatividade é a ferramenta mais potente e transformadora que temos à nossa disposição. Pode mudar a vida das pessoas e transformar o mundo.
A criatividade é muito mais do que arte. A criatividade é o que o cérebro humano faz.
O que tem de especial o nosso cérebro?
O cérebro de outros animais, vemos que o estímulo e a ação estão mesmo lado a lado.
Com a evolução, nós humanos conseguimos fazer algo mais, houve uma expansão das áreas do cérebro entre o estímulo e a ação. Logo, ver algo não leva necessariamente a uma resposta automática. O nosso cérebro pode encontrar novas vias, estabelecer novas ligações.
Com o aumento do córtex humano, veio a expansão da parte de trás da testa, o córtex pré-frontal, que é a fonte da imaginação humana.
A criatividade é termos o poder de imaginar o Mundo que ainda não é o nosso Mundo.
A capacidade de imaginação é um super-poder que todos possuímos.
Com um bom ambiente, teremos novas ideias.
Quanto mais ricos e abrangentes forem os estímulos, mais o cérebro tem com que brincar. A criatividade emerge da interação de biliões de neurónios que enviam triliões de impulsos elétricos.
Imagens, sons, misturam-se com memórias, reflexões, emoções, novas e velhas.
Todas as experiências que temos são matéria-prima usada pelo cérebro para criar. Criatividade não significa inventar algo a partir do nada, mas transformar o que já existe.
O que criamos é único porque as nossas experiências de vida são únicas.
A criatividade e a parte criativa são essenciais para a felicidade.
Existem três formas de nos tornarmos mais criativos.
1- experimenta algo novo
Como mudar de carreira, mudança de clube, nova jogada, novas competências, novos skils,…
Se formos capazes de sair da zona de conforto, é espantoso o que isso acarreta para tudo à nossa volta.
Mas aprender novos temas não é fácil. Parte dessa aprendizagem passa por ficarmos confusos e frustrados.
Para sermos criativos, para pensarmos fora da caixa, temos de aceitar que erramos. Mas também que acertamos, mesmo quando todos acham que erramos.
O cérebro também procura inovação. Anseia pelo que é novo e empolgante, pois o velho e familiar é menos estimulante.
Para as ideias criativas, deve haver um equilíbrio entre o que é familiar e o que é novo.
2- força os teus limites
O desafio é não haver uma forma simples de dizer exatamente qual a fórmula ideal. Se fizermos algo demasiado aborrecido, ninguém nos vai ligar. E, se fizermos algo demasiado louco, ninguém nos vai acompanhar.
O truque é explorar o leque de possibilidades. Forçar limites em todo o lado para perceber que limites funcionam. Forçar os limites do conforto é arriscado. Mas também pode ser o mais gratificante.
3- não tenhas medo de falhar
A realidade é que a maioria dos êxitos das pessoas nasce das cinzas dos seus fracassos anteriores.
Logo, para sermos mais criativos, temos de experimentar algo novo e desafiar-nos a nós mesmos a sair da via de menor resistência, a forçar limites.
A criar algo não demasiado novo, nem demasiado familiar, mas algures no meio.
Precisamos de não ter medo de fracassar. E, ao fazermos isso, podemos aprender todos a tornar-nos mais criativos.