O passado recente do Vitória (2º Capítulo)

O passado recente do Vitória (2º Capítulo)

O passado recente do Vitória (2º Capítulo)

4 Setembro 2020, Sexta-feira
Paulo José Mateus

Primeira nota

Apreço para a C. M. Setúbal pela notícia vinda nos jornais de que resolveu a situação dos lotes onde está implantado o estádio. Sem dúvida uma grande noticia. Um bem haja para a nossa presidente Maria das Dores Meira.

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Segunda nota

Adiamento sobre adiamento na marcação da AG. Os sócios é que são donos do VFC e devem-lhes uma explicação. E uma grande explicação. Exmº. Sr. Presidente da MAG, resolva de uma vez por todas e quanto antes o problema de se pode ou não pode. Mas também não chega marcar, queremos a ordem de trabalhos. Deixe-se de entrevistas que nada dizem e marque a AG, pois, caso contrario, também é culpado de tudo o que vem acontecendo com o VFC nos últimos 20 anos, e não me parece que tenha sido essa a sua intenção quando aceitou esse cargo. Não pactue com esta direção, tem de dar a palavra aos sócios.

Será que as coisas não deveriam ter sido diferentes e não deverão ser diferentes?

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Sim claro que deveriam. Vamos então ao passado recente e, sendo assim, vou só expor a partir 15 de dezembro de 2017, que foi quando fui eleito,  e seria onde poderíamos influenciar.

Retirado das minhas memorias, as quais estão registadas, substituí os nomes pelas designações. As conclusões serão vossas:

“…………….instalou-se um clima positivo pelos sócios em volta desta nova Direção, que seria uma grande lufada de ar fresco no VFC, mas foi sol de pouca dura. Eu, como principiante nestas lides, estava tão verde que quase acreditava que o novo Presidente e o Vice mais chegado (o primeiro sempre desaparecido efetivamente, o segunda fazia tudo pela calada, ainda mais eficiente nisso que o primeiro). Mas alguns de nós queríamos melhorar o clube e fazer deste uma referência de recuperação. Ainda acreditávamos no “pai natal”. Durou muito pouco essa minha sensação, rapidamente se barricaram na VFC SAD. Olhando dois anos depois ao que deveríamos ter feito e não fizemos, e que respostas deveríamos ter dado e não demos, posso começar a enumerar. Deveríamos ter efetuado atas completas das reuniões de direção –(onde eu sou culpado. Deveria ter exigido, ou mesmo ter efetuado, mas até eu sair não foi efetuada nenhuma, nem nenhuma assinada., Deveria ter sido em reunião de direção que sairiam os Administradores a nomear para a VFC SAD, mas não nos lembrámos de tudo. O nosso Presidente nunca fez uma reunião de trabalho, muito menos trazer planificados os assuntos que deveríamos tratar. Pedirmos ao Presidente qual a definição de estratégias a aplicar no VFC, nada disso, o no clube ficou entregue nas respetivas áreas, isto é, património e administrativo a um dos Vice (s), a formação e a outro dos Vice (s) o estádio, jogos e gestão de sócio. O restante já estava todo montado: ginástica para os dois diretores ou diretores auxiliares, o bingo entregue ao (não tenho designação mas essa pessoa) que tinha também o contrato da loja com a Hummel o Andebol ainda hoje estou para perceber, existe secção mas também o “Andgerações”. Este controlava e tinha o acordo do pavilhão. Bem, as restantes estavam entregues nem sei a quem, estão no estádio mas basicamente são autónomas e não cheguei a conhecer bem as pessoas. Na primeira semana de trabalho panifiquei da seguinte forma……………”

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Penso que gostariam de saber mais das minhas memorias. Talvez em outra oportunidade. Sendo assim, comecemos. Aceitei o projeto que foi “vendido” aos membros da lista porque existiria a chegada de 4 M€ vindos da Suíça para fazer face ás necessidades financeiras imediatas e preparar as planificações de tesouraria para avaliação dos PER (S) que estivessem ativos, e começar a lenta recuperação do VFC e da VFC SAD.

Será que o dinheiro chegou?

Claro que não. A meu ver nunca viria. Foi uma forma de transmitir aos sócios que possivelmente teríamos financiamento, para assim poder ganhar as eleições. Acho que nunca existiu, pelo menos nunca vi provas disso, e pedi, se bem pedi. Com isso deitou-se por terra a razão da minha entrada. Sem as verbas, já naquela altura o VFC não tinha possibilidade de governação, mas também deitou-se por terra podermos cumprir efetivamente as nossas previsões e as nossas promessas.

Juntamente com essa verba tínhamos também prometido a auditoria. Com esse instrumento saberíamos hoje avaliar com maior rigor os fluxos financeiros e económicos entre o VFC e o VFC SAD, que deveria ser vital para o entendimento da sua realidade, nesta fase, e saberíamos as condições patrimoniais tanto do VFC como também da VFC SAD. Entender de uma vez por todas o processo BPN / Pluripar / CMS, o que aconteceu e como poderia ser revertido.

Fizemos a auditoria? A direção e os outros órgãos sociais teriam interesse nisso?

Claro que não e levei algum tempo a entender o porquê. Percebi que quase todos os membros da Direção e dos outros órgãos sociais do VFC tinham “telhados de vidro”. Uns pertenceram a direções, outros ao CFD, e outros ao CV, mais uns que outros. Mas a grande maioria, tal como o presidente à época, já tinham lá estado. Ou seja será que poderiam ser responsabilizados por atos efetuados em épocas anteriores? Talvez, mas nunca entenderam que a auditoria é por si só um instrumento de gestão. Parece ser uma coisa de difícil perceção, tanto nos dirigentes como nos sócios. Aquando da minha passagem como Presidente do CFD lutei, juntamente com a Comissão de auditoria, e marquei duas AG (s) para esse efeito. HHHonra seja feita nesse capitulo ao PMAG, que sempre atendeu aos estatutos e efetuou as respetivas marcações. Contudo, sempre sentido que a Comissão de Auditoria lutava contra os sócios, e contra os restantes órgãos sociais, notou-se que um dos membros da Comissão já estava com o atual presidente a planificar a sua forma de chegar ao poder. Apesar disso, a comissão de auditoria enviou uma carta aos Presidentes da MAG e da Direção, onde fica aqui o excerto para os sócios saberem que foi feito tudo o que estava ao nosso alcance, pois a comissão estava mandatada pelos detentores do VFC que são os sócios, e nem resposta obtivemos, de nenhum dos órgãos.

“….………. Só que infelizmente, mais uma vez, não teve V.Ex.ª a devida consideração pelo trabalho e profissionalismo desta Comissão, nem mesmo do presidente de um dos órgão sociais do clube, ao não se dignar a responder às chamadas e aos e-mails que em diversas tentativas ao longo das últimas 6 semanas o senhor Paulo Mateus lhe dirigiu com o intuito de se agendar a reunião que V.Ex.ª sugeriu fazer-se com o senhor Paulo Gomes, o senhor Paulo Mateus e um dos sócios pertencente à Comissão.

Face a todos os acontecimentos aqui expostos, considera esta Comissão não haver condições para prosseguir as tentativas de agendamento de reunião com V.Ex.ª, não tendo por isso outra alternativa que não seja a de dar por finalizados os trabalhos para os quais a mesma foi mandatada no que concerne à escolha da auditora.

Sendo assim, vem a Comissão por este meio solicitar a V.Ex.ª o seguinte:

1.       Que a Direção avance com a adjudicação da auditoria à auditora Mazars, conforme indicado no Anexo I, devendo para isso providenciar os meios e recursos necessários à realização da mesma;

2.       Que a Direção faça as diligências necessárias junto da SAD para que reúna em Assembleia Geral da SAD com vista à aprovação da auditoria à SAD por parte da mesma auditora indicada no ponto anterior;

3.       A não execução destas diligências referidas nos dois pontos anteriores será da vossa inteira e exclusiva responsabilidade e entendida como manifestação da falta de vontade em avançar com a auditoria, devendo daí serem extraídas as devidas consequências;

4.       Que ambas as auditorias, ao clube e à SAD, sejam adjudicadas no menor prazo possível de forma a que os trabalhos tenham início o mais tardar até dia 31 de julho de 2019;

5.       Que seja divulgado no site (www.vfc.pt) e no Facebook do Vitória a proposta que a Comissão levou à AG de dia 17 de abril e o Comunicado aos sócios, documentos  que se anexam a esta carta identificados respetivamente como Anexo II e Anexo III;

6.       Que seja colocado à disposição dos sócios para consulta nos serviços administrativos do clube, a proposta da Mazars (Anexo I), conforme V.Ex.ª até já havia sugerido em diversas ocasiões, a proposta a levar a votação (Anexo II) e o Comunicado aos sócios (Anexo III).

Mais se informa que todo o conteúdo desta missiva segue também para o Ex.mo Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

Agradecendo antecipadamente a atenção de V.Ex.ª, apresentamos os nossos melhores cumprimentos,

A Comissão de Acompanhamento da Auditoria

Nuno Soares, sócio n.º 1232                              António Rita, sócio n.º 4141

Paulo José Mateus, sócio n.º 6821                     José Dias Mendes, sócio n.º 8591

Eduardo Moreira Pinto, sócio n.º 8594 “

 

Quero desde já agradecer aos membros da comissão António Rita, José Dias Mendes e Eduardo Moreira Pinto a sua grande dedicação e vontade de fazer do nosso VFC um clube diferente. Nós só pensávamos em mudar o Vitória, principalmente mudar a sua gestão, e consequentemente o seu rumo. Quanto ao resto é o que já todos sabemos. Nada foi feito, mas nunca nos podemos esquecer que esta direção é basicamente a mesma sem o anterior Presidente, e que todas estas situações são um atropelo aos estatutos do VFC e desses órgãos sociais;

Será que esta Direção faria diferente neste processo?

Dificilmente. Por essa razão não poderão estes órgãos sociais ser diferentes. A postura é a mesma: centralização da comunicação no presidente. E todos os outros o que lá andam a fazer?

Apesar de todas essas dificuldades permanentemente impostas pelos membros da direção, consegui fazer uma pequena e modesta auditoria ao VFC, pois à VFC SAD nunca tive acesso, mas uma é o espelho da outra. Deixo aqui para verem como avisei sempre do que se estava a passar no VFC:

Para avivar a memória dos sócios mais distraídos, que votaram favoravelmente o relatório e contas, e que são também eles responsáveis pelo que aconteceu dia 27 de agosto de 2020, mas mais grave, e de que eu tenha conhecimento, também em 2015, 2016, 2017, 2018. E vamos ver agora com as contas de 2019, talvez ainda as aprovem.

Parecer outubro de 2019,

no nosso perfeito juízo poderíamos aprovar estas contas, leia quem assim o desejar

Iniciando o parecer técnico, e analisando este relatório de gestão preparado pelo órgão executivo do clube, está muito pouco conferido em relação aos seus elementos carregados. Não existem documentos de suporte relativamente a muitos dos valores identificados nas contas. Referente ao número de sócios carregados, não o verificaram com a tipologia de cartão de sócios para que a soma fosse igual ao número de sócios existentes, e principalmente deveríamos saber quem são os ativos pois esses é que pagam, não existindo documentação de suporte à rubrica a 31 de dezembro de 2018.

Modalidades, estas nem estão preenchidas e esta Direção nem fez um esforço para responder a esses elementos de vital importância para a análise do crescimento do clube, quantos atletas temos? Sendo assim não é possível validar corretamente, não existe documentação de suporte a 31 de dezembro de 2018.

Passemos então à caixa, os movimentos referentes à caixa, tendo sido analisado por amostragem o janeiro e dezembro, das despesas e das receitas vindas da gestão de sócios e essa está validada, apesar dos fluxos de caixa existentes não identificarem corretamente os recebimentos e pagamentos existentes.

Quantos ás Caixas DAS MODALIDADES não foram conferidas, pois não estão carregadas como movimento de caixa na contabilidade, por essa razão não é possível validar.

Os Bancos referentes à maioria dos movimentos centrais do clube que são 4 contas, estão validadas, mas não é suficiente dado o número de contas existente no clube que são 22. Após verificação do mapa Banco de Portugal a 01 de janeiro de 2018, mas não existem extratos e muito menos as reconciliações, sendo assim não foi possível validar.

Os Clientes, apesar de ter sido falado entre maio e junho, não foram efetuadas alterações nenhumas, estão por validar muitos clientes. Foi pedido pelo CFD os extratos dos clientes para conferência de saldos dos valores, mas nada foi efetuado. Sendo assim não podemos atestar da veracidade dos valores a deverem ao V.F.C. Os clientes validados foram pelo Responsável da contabilidade, e com base nos seus movimentos, sendo assim não foi possível validar.

Os Fornecedores, Apesar de ter sido falado também maio e junho, não foi efetuado alterações nenhumas, estão por validar muitos Fornecedores. Foi pedido pelo CFD os extratos dos fornecedores para conferência de saldos dos valores, mas nada foi efetuado. Sendo assim não podemos atestar da veracidade dos valores das dividas do V.F.C. Todos os fornecedores validados tiveram como base as indicações do responsável de contabilidade e a base dos seus movimentos, sendo assim não foi possível validar.

Quanto aos Funcionários a maioria são salários em atraso. Os outros valores referem-se aos complementos de reforma a pagar, já desde as anteriores Direções presididas pelo Sr. Fernando Oliveira, e estes estão sem data de previsão de liquidação, estando fora do PER do clube, por indicação do responsável de contabilidade, sendo assim validamos esta rubrica.

Referente ao estado estes valores foram validados sem a verificação em papel nos lançamentos, existiu a confirmação da contabilidade dos valores, parece estar correta em relação aos outros anos. Sendo assim fiquei estupefacto, que o clube tem um novo PER por substituição do anterior ao qual o C.F.D. nada foi informado. Por indicação da contabilidade estes valores estão englobados nesse novo PER que parece já estar aprovado, posto isto, foi solicitado à Direção informação do novo PER, que até à preparação do parecer nada foi respondido, sendo assim validamos esta rubrica, com as reservas de verificação do PER.

Passamos aos financiamentos, deveria existir extratos sobre os valores das contas de financiamento no momento atual, coisa que não existe. Mas efetuando a validação pelo mapa de Banco de Portugal a dez 2018, deparamo-nos com diferenças muito grandes 1.640.564,31. Foi informada a contabilidade e a direção destas diferenças e da necessidade de solicitar documentação ás entidades financeiras, coisa que nunca foi efetuado. Caso estes cálculos estejam corretos teremos este valor não contabilizado e terá seguramente um impacto muito grande na conta de exploração, sendo assim não foi possível validar.

E agora os Outros devedores credores, aqui temos muitas situações difíceis de explicar e que já deveriam ao longo dos anos e das respetivas direções terem sido tidas em conta. Estão aqui elementos desde reparações ao autocarro efetuadas sem receber documentos, processos judiciais com pagamento e sem documentos, donativos sem recurso ás respetivas despesas, pagamentos permanentes a colaboradores sem os respetivos recibos ou despesas, sem reconciliações bancarias nas modalidades amadoras, sem envio de saft nas mensalidades liquidadas, IGFI Justiça sem qualquer documento, dividas a particulares de montante elevado que não tem conferencia se é SAD ou clube, créditos laborais liquidados sem os respetivos gastos, identificadas as situações descritas, mostra que todos as modalidades amadores e futebol juvenil, estão fora da alçado da contabilidade do clube, e principalmente das suas tesourarias o que vem a ser falado pelo C.F.D. desde que tomou posse e registado no parecer relativo à aprovação de contas de 2017. Sendo assim deveria a direção ter tomado as medidas necessárias para a rápida correção deste problema, mas também não o tem efetuado. Com isto o C.F.D. não poderá atestar que estes valores estão totalmente corretos, mas se forem corrigidos dentro dos valores existentes terá um impacto nos resultados do V.F.C. em 1.468.577,17, mais a divida não liquidada de 1.473.724,08 este impacto é direto na tesouraria, Não foi de todo possível validar. Juntando o impacto que vem da conta 25 financiamentos estamos neste momento com 3.109.141,48, gastos por reconhecer.

Nas Compras e stock, com recursos aos valores contabilísticos, não foi verificado inventário, mas dado que é material de desgaste e consumo é difícil inventariar. Pelos montantes damos com validado.

O imobilizado, após solicitar a documentação, não poderemos atestar que os valores existentes na conta “Emp.Assoc./VFC-Sad 13.844.856,61” estão corretos, visto que obrigatoriamente teria de ter suporte. Não identifiquei na contabilidade da SGPS Parts o Empréstimos dos 50 m€. Quanto aos FCT dos funcionários estão validados. Restante imobilizado tem de ser conferidos os valores de caderneta predial e finanças para validação dos montantes contabilizados pelas revalorizações, e também dos edifícios. Os equipamentos deveria existir um inventário do clube, que também não foi mostrado para fazer ligação com a amortização dos bens, sendo assim não foi possível validar.

No que respeita ao capital, não conseguimos verificar documentação, principalmente “4.582.635,85 Cedência de jogos SAD” necessitamos de ver a documentação afeta a este lançamento para perceber como se passa jogos da SAD a capital? Sendo assim não foi possível validar.

Os CMCV, bate certo com saldo inicial + compras – saldo final = 0 sendo assim está validado.

Passando aos Fornecimentos de serviços externos, logo na linha de maior valor que são 206.054,73, teria de ser totalmente igual ao valor faturado nos bilhetes e não é. Este erro continua por resolver e não se vê vontade da direção em resolver este assunto. Os bilhetes não devem ser faturados pelo clube, dado a tipologia de iva ser totalmente diferente entre a SAD e o Clube, este erro já vem da direção anterior, mas ainda não foi retificado. Restantes validações de gastos, só verificando os processos analíticos e isso não me foi respondido, não foi possível validar.

No que respeita a gastos com pessoal, foram validados os valores pelos mapas de pessoal e recibos de vencimentos, existindo só um reparo, os funcionários do bingo, deveriam estar discriminados individualmente e não por um valor completo, o bingo é do V.F.C. e deve estar identificado na sua contabilidade a sua totalidade da informação.

As amortizações, Não foi mostrado a fórmula de calculo ao C.F.D. não poderemos atestar que estes cálculos estão efetuados nos montantes corretos em 2018 como nos anos anteriores e isso poderá levar a correções de valor com alteração de resultados no clube, sendo assim não podemos validar.

Os outros gastos, podemos dizer que pelas informações da contabilidade, calculamos que os valores de IVA estarão corretos, as taxas não foram identificadas, as correções a FSE devem ser explicadas e ainda são um valor significativo, as inscrições não vi a quem pertencem, e as ofertas em existência não sabemos quem autorizou, não foi visto documentação, sendo assim não foi possível validar.

Agora um dos aspetos importantes o juro suportado, depois das verificações registadas nas contas de financiamentos, foi notório que os juros estão incorretamente carregados pelas verificações dos mapas de banco de Portugal, sendo assim não podemos atestar que esta rubrica está correta nem em 2018 nem nos anos anteriores, e isso pode ter um impacto muito negativo nos resultados do clube. No que corresponde aos serviços bancários também não poderemos atestar que estão corretos porque existem 18 contas que não tem as reconciliações bancárias efetuadas conforme visto no relatório na área Bancos, sendo assim não foi possível validar.

No que respeita ás vendas, não poderá ser a loja pois não nos pertence, poderá ser sem dúvida o vinho, mas não consegui confirmação, sendo assim não foi possível validar.

E agora o que clube faturou, isto é, as prestações de serviços, podemos começar pelas quotizações, que estão validadas através do Saft das vendas e será o local que foi validado no movimento de caixa e nos bancos com reconciliações. Mensalidades, nas modalidades e principalmente no futebol juvenil, dado a inexistência de saft, (exceto ginástica) e conferência de recebimentos tanto nas caixas como nos bancos, não poderemos atestar que os valores faturados são correspondentes aos pagamentos efetuados. Campeonato nacional, não é possível atestar porque a faturação efetuada deveria ser igual à rubrica de FSE SAD bilhetes e não é. Cativações de camarotes, não vi contratos ou a que se refere estas cativações e de a quem corresponde, não podendo ser validado cada camarote e seus respetivos lugares. Aluguer das instalações, não vimos contratos sobre os alugueres e sem isso não será possível atestar os valores, principalmente o contrato Clube Sad que poderá estar nesta rubrica. Valores Bingo, não poderemos atestar confirmação dos valores faturados, dado que foi solicitado a verificação das caixas do bar, versus o movimento de faturação, não nos foi permitido. Quanto à sala nem sequer tenho qualquer informação, não é de todo possível validar esta faturação como a real que o clube deveria faturar.

Ainda teremos de ver os subsídios das entidades publicas e outros, poderá efetivamente estarem corretos os donativos ou subsídios, mas não foram mostrados documentos existentes e como as reconciliações de locais tanto a nível de caixa como bancos não estão validadas, não sabemos como foram recebidos e por quem. Mesmo assim foi possível verificar pelas contas de outros devedores e credores, que estes valores muitas vezes ficam a aguardar documentação em balanço, não só em 2018 como anterior a isso, sendo assim não foi possível validar.

E por ultimo mas não menos importante temos os outros proveitos, isto é quando não se tem proveitos criam-se outros, não me foi indicado a que correspondem as comissões, não sei que atividade o clube faz para receber comissões, o mesmo se passa com os fundos, apesar deste valor ser pequeno. As correções, o valor é praticamente desprezível, mas quanto aos diverso não é, como pode existir 139.408,37 de diversos, não foi explicado a sua correspondência, não poderemos atestar que este valor não tem implicação no resultado final, que tem e muitos, sendo assim não foi possível validar.

Em conclusão o C.F.D. detetou que apesar da mudança de direção em dezembro de 2017, não existiram alterações aos procedimentos e aos processos na gestão financeira do clube, antes pelo contrário a divisão do responsável da contabilidade entre o Clube e SAD, meio tempo para cada entidade, não permite um melhor desempenho. Após a verificação das conclusões técnicas, e foram as possíveis, pois não poderei deixar de dizer que esta direção não permitiu que o C.F.D. eleito pelos sócios tal com esta direção o foi, em processo eleitoral intercalar, efetuar o seu trabalho conforme os estatutos indicam, pois, a colaboração da direção foi inexistente, para não dizer nula, em praticamente todos os aspetos. Apesar disso o C.F.D. fez todos os esforços para trazer um parecer que mostre o estado global do clube, e este parecer é referente ao relatório e contas de 2018 em que o conselho fiscal e disciplinar é completamente desfavorável á sua aprovação, a organização do clube no sector administrativo e financeiro, é completamente amadora, é verdade que muitos dos problemas enumerados foram criados pelas sucessivas direções, e não só pela direção em funções, mas não se vislumbra a curto prazo alterações, e com os valores que poderemos estar a falar em termos de impacto nas contas do V.F.C. a médio prazo para resolução de todos os seus problemas já se deveria ter efetuado alterações estruturais. “

Lendo este relatório com muita atenção, parece-vos que o VFC teria uma governação saudável e que as tomadas de decisão ao longo destes últimos anos fizeram alguma coisa para inverter o rumo dos acontecimentos? Parece-me que não. Nós, como sócios, teríamos obrigação de ter feito mais e, principalmente, deveríamos ter exigido mais dos nossos dirigentes.

E depois disto tudo que futuro espera o VFC e VFC SAD?

Fica para o 3º capítulo…

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