Terminou a participação da seleção nacional de futebol no Campeonato da Europa de Futebol. Muitos discordaram de algumas decisões do selecionador nacional, Roberto Martínez, sendo certo que a diferença da vitória para a derrota esteve apenas na bola que bateu no poste e não entrou. Numa análise mais detalhada, Portugal realizou a fase de apuramento com 10 vitórias e na fase final obteve duas vitórias nos dois primeiros jogos, os quais garantiram a qualificação para a fase a eliminar. Nos oitavos de final, o apuramento foi conseguido nos penaltis e, por fim, nos quartos de final, a eliminação surgiu igualmente nos penaltis. Segundo as estatísticas, a nossa seleção foi uma das com mais posse de bola e com mais remates efetuados, sendo que a finalização é um aspeto a melhorar, uma vez que nenhum golo foi marcado nos últimos três jogos. Em síntese, enquanto selecionador, Martínez obteve 15 vitórias, três derrotas e dois empates.
A tendência evolutiva do jogo de futebol leva-nos, na atualidade, para um período em que as equipas procuram manter a posse de bola o máximo tempo possível e, por outro lado, as equipas que defendem fazem-no com cada vez mais jogadores atrás da linha da bola, o que torna a ação da equipa atacante muito difícil, com a agravante de os movimentos das equipas estarem hoje mais estudados pelos analistas, elementos muito importantes nas equipas técnicas da atualidade. Neste contexto, os jogos tornam-se muito equilibrados e com uma permanente luta das equipas por garantir a chegada primeiro à bola, a superioridade numérica e a ocupação do espaço na profundidade e na largura do terreno de jogo.
Numa reflexão final, importa dizer que os jogadores deram o seu máximo, a seleção mostrou estar preparada e foi competitiva com a França, vice-campeã do mundo. Porém, no futebol por um bocadinho se ganha e por um bocadinho se perde. Ainda assim, não se pode considerar um fracasso perder com a França nos penaltis nos quartos de final.
Por outro lado, em breve vamos ter eleições na Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Nuno Lobo anunciou, numa recente entrevista, a quase certa candidatura à presidência da FPF, depois de 12 anos como presidente da Associação de Futebol de Lisboa. Com o trabalho realizado, e a experiência adquirida, parece reunir todas as condições para assumir o mais importante cargo do futebol português. Veremos se ainda surgem mais candidatos e, por outro lado, quem surgirá para liderar a arbitragem, um sector muito importante do futebol.
Por fim, deixo uma felicitação para Artur Soares Dias. Tendo dirigido três jogos no Campeonato da Europa, o árbitro português revelou enorme capacidade e prestigiou a arbitragem portuguesa. Não se lhe podia pedir mais!