O congresso d’Os Verdes

O congresso d’Os Verdes

O congresso d’Os Verdes

1 Junho 2021, Terça-feira
José Luís Ferreira

Apesar do generalizado, mas não menos estranho, silencio da comunicação social, no fim de semana de 22 e 23 de maio, decorreu em Lisboa a XV Convenção do Partido Ecologista Os Verdes.

No XV Congresso dos Verdes, para além da eleição dos novos órgãos nacionais do Partido, que no seu conjunto conta com uma participação feminina superior a 58%, e da discussão e aprovação dos novos instrumentos de ação política, reafirmamos ainda a importância do projeto ecologista em Portugal.

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Delineamos orientações estratégicas, desbravamos caminhos de ação e procuramos soluções para melhorar a qualidade de vida das populações e garantir os direitos dos cidadãos, mas também soluções que permitam um mundo de paz, socialmente justo e ambientalmente equilibrado.

Trouxemos para cima da mesa, a natureza alternativa dos Verdes, um projeto de intervenção e de transformação da sociedade e imprescindível para as respostas que se impõem, tanto do ponto de vista social como ambiental.

Um projeto democrático, construído com a participação e o envolvimento dos seus membros e dos seus coletivos, como se viu nesses dois dias, mas também na construção da Moção Global, que para além de ter sido amplamente discutida e participada, conheceu mais de 500 propostas de alteração, tendo sido acolhidas cerca de 90% desse universo de propostas apresentadas.

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Um projeto responsável, que mesmo em tempos difíceis como os que vivemos face à pandemia, conseguiu organizar o seu congresso, respeitando todas as regras sanitárias, dando prova de que os direitos e sobretudo os direitos políticos não estão confinados, nem a democracia congelada, mas também um testemunho de que, com respeito pelas regras sanitárias, podemos nos ir aproximando da normalidade.

Uma palavra bem merecida para todo o coletivo ecologista, que levantou a Convenção e para os delegados e convidados que, vindos de todos os cantos do País, corajosamente confiaram no sentido de responsabilidade dos Verdes e quiseram participar presencialmente nos trabalhos.

Infelizmente o mesmo não poderemos dizer do acompanhamento e da cobertura que este Congresso mereceu por parte da comunicação social, um silêncio difícil de compreender e muito menos aceitar, que nós sabemos nada ter a ver com o medo da pandemia, bem sabemos que os medos são outros.

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Mas nós ali estivemos, animados pelas nossas convicções e com um propósito comum: lutar e lutar com vista a estabelecer uma relação de harmonia entre o Homem e a natureza, o que só é possível, sabemo-lo, com justiça social.

E sabemo-lo, porque não haverá nunca equilíbrio ambiental se não houver justiça social, até porque a defesa do ambiente não é compatível com modelos económicos que assentam na ideia do crescimento ilimitado, como se ilimitado fosse o nosso planeta e como se ilimitados fossem os seus recursos.

É também por isso que afirmamos que os verdadeiros ecologistas têm de ser de esquerda.

E Os Verdes são um partido de esquerda e assumem-no, como sempre o fizemos, porque nada temos a esconder.

A comunicação social não esteve, ou esteve muito pouco, mas o Congresso foi um facto.

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