Recentemente foi anunciado pelo Ministro da Saúde o investimento, de médio prazo, na modernização de infraestruturas e equipamentos do Serviço Nacional de Saúde. Este foi um momento muito esperado tanto mais que, por força da ausência de intervenção do Governo da direita, ao longo de mais de 4 anos, as situações problemáticas agravaram-se e a estas vieram a juntar-se outras que entretanto pioraram
Trata-de de um conjunto de intervenções verdadeiramente necessárias que, não resolvendo tudo, garantem, e agora refiro-me em particular ao Distrito de Setúbal, uma ótima resposta e faz justiça ao que tem sido o registo da atual governação de se esforçar por estar onde realmente faz falta às pessoas.
Importa destacar que são 8 as unidades de cuidados de saúde primários , vulgo centros de saúde ou suas extensões, que irão ver a sua construção asseguradas num espaço temporal que vai do corrente ano a 2019, havendo cronogramas de intervenção diferenciados em face de uns processos já estarem mais avançados que outros, como é o caso do centro de saúde de Sines que se espera, a qualquer momento, a sua abertura. Pinhal Novo, Sesimbra, Corroios, Setúbal e Baixa da Banheira, na Península de Setúbal, e Sines , Torrão e Alvalade do Sado, no Litoral Alentejano, na parte pertencente ao distrito de Setúbal, são as infraestruturas que estão identificadas para esta fase.
Chegar aqui não é fácil, até pelo que já referi. A acumulação de problemas, herança de PSD/CDS, fez compreensivelmente aumentar a ansiedade das pessoas num conjunto diversificado de áreas a que, reconheçamos, o Governo socialista tem vindo a dar resposta, parte com a colaboração dos intervenientes no Acordo assinado no início da legislatura.
Já não acho que uma certa bipolaridade de comportamento político seja prática que se recomende que, no caso particular do processo para a construção do centro de saúde da Baixa da Banheira, foi uma evidência por parte de alguns autarcas do poder instituído no Concelho da Moita. O tema saúde é dos mais, se não o mais, sensíveis na abordagem e as pessoas, particularmente as mais vulneráveis, muitas delas em consequência da idade, merecem, com certeza, respostas mas também ser esclarecidas com a verdade . A instrumentalização, com recurso à omissão ou deturpação, é sempre coisa feia e não recomendável, particularmente quando percebe-se, claramente, que o objetivo da construção do Centro de Saúde é , para além do reconhecimento da sua necessidade, que não colocamos em causa, um modo de ‘alimentar a luta…’! Há práticas que transformam os verdadeiros interessados, aqueles que sofrem na sua vivência diária as carências do sistema, em inocentes úteis. Úteis para alimentar um ruído que sob a capa da solidariedade mantém aceso um método eminentemente partidário, recorrente e sobejamente conhecido. Aliás, logo que se sabe que é assunto em vias de resolução, como foi mais uma vez o caso, estimula-se outro pra a dita ‘luta’ e o processo recomeça com os mesmos protagonistas e os mesmos métodos. De facto, o sentimento de posse perante o território, os munícipes, as instituições e o interior das organizações autárquicas que dirigem, denuncia um mau convívio com a práxis democrática no que diz respeito à diversidade , conduta que é estendida ao relacionamento com as outras forças partidárias do Concelho a quem não gostam, nada, de ver colaborar para a resolução dos assuntos mesmo que sejam os temas que fomentam a própria ‘luta’! Contradição?! Não! É tudo resultado do medo terrível da perda do poder… Daí a encenação permanente que funciona como uma espécie de pão para a boca. E que, ano após ano, década após década, resvala muitas, demasiadas, vezes para o chinelo e para uma confusão intolerável do que é o combate político saúdavel e a ofensa direcionada .
Desta história, há um bem maior que se pode traduzir assim: estou, estamos muito satisfeitos por ter iniciado institucionalmente o processo que vai levar à construção do novo Centro de Saúde da Baixa da Banheira. É isto!