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No Centenário de Agostinho Neto

No Centenário de Agostinho Neto

No Centenário de Agostinho Neto

31 Agosto 2022, Quarta-feira
Valdemar Lopes Santos

Já neste domingo, pelas 16h00, no Espaço Internacional da Festa do Avante!, na Quinta da Atalaia, Amora, Seixal, o PCP presta homenagem a Agostinho Neto, Primeiro Presidente da República Popular de Angola, a dias do Centenário do seu Nascimento, 17 de Setembro. Tratar-se-á de um debate, no quadro dos Caminhos da Luta da Emancipação em África, mas a figura de um dos fundadores e dirigentes do MPLA marcará percursos e lugares da Festa de modo diversificado.

Agostinho Neto, natural de Kaxicane, viveu, e de que maneira!, em Portugal. Limitamo-nos à década de 50/60 do século XX, pois que, precedente do Campo de Concentração do Tarrafal, o Campo da Morte Lenta, não poucos meses até Março de 1963 esteve no Aljube, prisão da qual foi posto em liberdade devido a uma forte pressão internacional de personalidades e organizações antifascistas.

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Formou-se em Medicina em Coimbra, e em 1951, enquanto estudante, ano em que foi preso por recolher assinaturas para a Conferência Mundial da Paz, a ter lugar em Estocolmo, representou a Juventude das Colónias Portuguesas (escrevemos mesmo: JCP) junto da organização Juvenil do Movimento de Unidade Democrática, o MUD fichado como extensão do clandestino Partido Comunista Português. E assim elementarmente tudo dito, porque mais prisões houve, imagine-se o aplicado trabalho da PIDE salazarista.

Curiosamente, até 30 de Setembro, no Museu do Aljube Resistência e Liberdade, em Lisboa – assim passou a ser, inaugurado a 25 de Abril de 2015 – uma angolana nascida no Kwanza Norte, com formação académica no Porto, professora e artista plástica há muito residente em Setúbal, Dilia Fraguito Samarth, expõe obra sua, tendo como tema “A Sagrada Poesia da Esperança” e como base precisamente os poemas “Sagrada Esperança” e “Renúncia Impossível” de Agostinho Neto, escritos enquanto ali encarcerado.

Fica para a próxima a fuga do nosso homem a 30 de Junho de 1962, organizada pelo PCP, num barco que arrancou de Pedrouços, freguesia de Belém, e arribou na Baía de Tânger, porque não dizer já mais perto de Angola?!!! Um dos responsáveis até comentou: “Não é por acaso que se chama Doca do Bom Sucesso!”

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