Apesar de vivermos um novo confinamento, é necessário continuar que seja assegurada a mobilidade nas nossas cidades. A esmagadora maioria da população tem o dever de recolhimento, mas existem muitos que mesmo assim têm de continuar as suas actividades profissionais para possam ser mantidos os serviços essenciais.
Perante esta realidade, empresas e cidadãos têm adaptar as suas rotinas e adequar as suas deslocações às restrições impostas pelo estado de emergência. Restrições essas que reduzem significativamente as deslocações pendulares que se verificam diariamente principalmente para os empregos e estabelecimentos de ensino.
A interrupção dessas deslocações vai causar também a fixação das viaturas que são usadas diariamente perto dos locais de residência, fazendo com que o estacionamento nas cidades durante a semana se assemelhe a um típico fim de semana. Teremos de adicionar porém a esta nova realidade o tráfego inerente aos sectores que não podem parar as suas actividades.
Esta realidade cria assim desafios acrescidos aos municípios e às empresas que gerem a mobilidade e o estacionamento dentro das cidades. É portanto necessário adequar toda a operação para fazer mais uma vez face aos desafios que enfrentamos. Havendo uma maior pressão nos locais de estacionamento destinados a residentes é necessário que seja liberado o acesso gratuito a todos os veículos devidamente identificados com dísticos de residente aos lugares destinados ao estacionamento em geral, visto que esses terão em teoria uma menor procura fruto da redução da actividade.
Com esta medida consegue-se ir ao encontro das necessidades dos que por motivos da interrupção das aulas presenciais, de teletrabalho ou mesmo por interrupção das actividades profissionais viram as suas rotinas e deslocações diárias serem alteradas.
Apesar disto a actividade de fiscalização não pode parar. É necessário assegurar que a mobilidade não seja condicionada. Não podemos ter um desordenamento nos estacionamentos que coloque em causa a circulação, em especial de veículos de emergência. Temos que impedir que os locais de estacionamento reservados a deficientes sejam ocupados indevidamente, privando o seu acesso a quem realmente deles necessita. Temos de continuar a manter os passeios livre e desimpedidos de carros e destinados apenas a quem tem a necessidade de se deslocar para realizar as suas compras ou qualquer outra actividade prevista pelo actual estado de emergência. Temos manter as passadeiras, as paragens de autocarro, os acessos a garagens e entradas de habitação desimpedidas, para que a mobilidade de todos não seja posta em causa.
Foi neste enquadramento que na cidade de Almada se tomaram estas decisões, para que perante esta realidade não sejam colocados em causa os direitos fundamentais dos almadenses. Sei que por vezes esta tarefa não pareça simpática, mas diariamente uma equipa de profissionais competentes, empenhados e dedicado continuará a trabalhar em prol de todos.